22 ago, 2017 - 17:45
O Ministério Público (MP) espanhol defende que os quatro suspeitos dos ataques na Catalunha sejam formalmente acusados de terrorista e fiquem em prisão preventiva.
Integração em organização terrorista, assassinato, destruição e posse de explosivos são os quatro crimes pelos quais o MP quer ver os suspeitos a responder em tribunal.
No final das audições desta terça-feira, o juiz da Audiência Nacional decretou a prisão preventiva apenas para dois homens: Mohamed Houli Chemal e Driss Oukabir.
Mohamed Aalla vai aguardar o desenrolar do processo em liberdade e Salah El Karib, vai continuar detido nas próximas 72 horas para a realização de novas inquirições.
Mohamed Houli Chemlal, Salh El Karib, Driss Oukabir e Mohamed Aalla foram ouvidos pela primeira vez na Audiência Nacional, em Madrid.
Dois dos suspeitos disseram ao juiz que o imã Abdel Baki Essati foi o instigador e mentor do plano terrorista, adianta uma fonte citada pela agência Reuters.
Abdel Baki Essati, que anteriormente cumpriu uma pena de prisão por tráfico de droga, morreu em resultado da explosão da casa de Alcanar que servia de base para a célula terrorista de Barcelona.
Durante a audição desta terça-feira, que decorreu à porta fechada, o arguido Mohamed Houli Chemlal admitiu que o grupo tinha planos para realizar um ataque de grandes dimensões com recurso a explosivos.
Segundo fontes judiciais ouvidas pelo "El Mundo", Chemlal afirmou que o plano era atacar a Sagrada Família e outros monumentos da capital da Catalunha.
O imã Abdel Baki Essati queria realizar um ataque suicida, de acordo com o testemunho de Chemlal.
O ataques da semana passada em Barcelona e Cambrils causaram 15 mortos, entre os quais duas cidadãs portuguesas, avó e neta, cujo funeral está marcado para quarta-feira.
[notícia actualizada às 21h20]