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MPLA vence eleições em Angola com mais de 60% dos votos

25 ago, 2017 - 12:21

MPLA continua no poder, mas perde votos em relação às últimas eleições. UNITA foi a segunda força política mais votada, com 26,71%.

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O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) venceu as eleições gerais que decorreram na quarta-feira e João Lourenço vai ser o novo Presidente de Angola. Estão contados 97,82% dos votos.

Segundo os números divulgados esta sexta-feira, 61,10% dos eleitores angolanos preferem continuar ter o MPLA à frente dos destinos do país, enquanto 26,71% optaram pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

O MPLA garante uma maioria de 150 deputados e a UNITA sobe para 51 deputados.

A CASA-CE é a formação política mais votada, com 9,46%, e um total de 16 deputados; seguida do Partido de Renovação Social, com 1,33% e dois deputados.

O MPLA vence as eleições gerais de 2017, mas perde cerca de 10 pontos percentuais em relação às eleições de 2012, em que ganhou por 71,84%.

O partido do Presidente cessante José Eduardo dos Santos falha também o objectivo de conquistar a maioria de dois terços, que permitiria fazer alterações à Constituição, por exemplo.

Olhando apenas para a província de Luanda, a UNITA e a CASA-CE obtiveram juntas mais votos do que o MPLA, ao contrário do que aconteceu nas eleições de 2008 e 2012. O MPLA vence na província de Luanda com 48,22%, seguido da UNITA (35,5%) e da CASA-CE (14,58%).

Na quinta-feira, os resultados provisórios anunciados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE) já indicavam o MPLA - no poder há 42 anos - como partido vencedor. O anúncio foi, contudo, contestado pelos comissários eleitorais da UNITA e do CASA-CE, segundo os quais a comunicação "não foi feita com base nos termos legais".

Da parte dos observadores portugueses chegam elogios. Luís Vales (PSD) e António Filipe (PCP), bem como o secretário-geral da Internacional Socialista, Luis Ayala, elogiam a “organização” que testemunharam nas mesas de voto angolanas.

No total, cerca de 1.200 observadores internacionais acompanharam as eleições na terceira maior economia da África subsaariana, em mais de 12 mil mesas de voto.

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