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"Histórico" Harvey já fez seis mortos e pode ter efeitos no preço do petróleo

28 ago, 2017 - 07:29 • João Cunha

Donald Trump visita na terça-feira as zonas mais afectadas por aquela que é a tempestade mais forte a atingir o Texas nos últimos 50 anos.

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EUA. Furacão "Harvey" transformou as ruas de Houston em canais
EUA. Furacão "Harvey" transformou as ruas de Houston em canais

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Estão confirmados seis mortos e 16 feridos nos Estados Unidos, na sequência do furacão “Harvey”, que passou a tempestade tropical e é já descrito como um acontecimento "histórico".

A classificação é dada pelo director da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). Questionado pela televisão norte-americana CNN sobre se a agência estaria preparada para os meses de recuperação que se seguem, Brock Long foi peremptório: "A agência vai lá estar durante anos. A recuperação deste desastre, que é um acontecimento histórico, obriga a focar-nos já na resposta ao Texas, e a ajudar a erguê-lo."

“Estamos já a recuperar casas das nossas equipas, estamos já a organizar elementos das nossas forças para estarem implementarem várias políticas e realizarem as inspecções de que necessitamos. Estamos a preparar-nos para o próximo par de anos", reforçou.

Também em declarações à CNN, um residente nas proximidades de Galveston, no Texas, relatou o que viveu quando decidiu sair de casa para ajudar a resgatar quem estava retido devido à subida das águas.

"As primeiras pessoas que resgatei foram um casal e uma filha. Não sei como chegaram onde chegaram, já que eles estavam à entrada do bairro. O senhor perguntou-me se podia regressar a casa com ele, para salvar os cães. Eu disse-lhe que sim, depois de colocar a salvo a mulher e a filha. Os segundos acordaram esta manhã, às 5h30, saíram e tinham água em toda a casa. Não faziam ideia do que ia acontecer”, relata.

O furacão “Harvey” é agora uma tempestade tropical, mas os próximos dias não são de descanso. O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos prevê mais "cheias catastróficas" e "sem precedentes" nos próximos quatro a cinco dias.

O rasto de destruição é já grande, com várias cidades do estado do Texas severamente afectadas. São muitas as estradas inundadas e em alguns locais a água subiu quase 80 centímetros. Por causa disso, são já mais de duas mil as pessoas desalojadas.

Já nesta segunda-feira de manhã, as autoridades avisaram que será necessário evacuar o município de Fort Bend, a cerca de 50 quilómetros de Houston, devido à subida do caudal do rio Brazos.

Combustíveis podem subir

O “Harvey” é a tempestade mais forte a atingir o Texas nos últimos 50 anos. Houston, a quarta cidade do país, é a mais afectada e também a capital da indústria petrolífera.

As refinarias costeiras representam um quarto da capacidade de refinação de petróleo bruto dos EUA e os analistas estimam que as interrupções nas refinarias irão limitar a disponibilidade de petróleo bruto, gasolina e outros produtos refinados dos Estados Unidos para consumidores globais. Isto deverá levar ao aumento dos preços.

Na terça-feira, os locais mais afectados pelo "Harvey" vão receber a visita do Presidente, Donald Trump.

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  • Ela
    28 ago, 2017 Lisboa 14:00
    Em vez de gastar dinheiro num muro na fronteira com o México, utilize o mesmo para ajudar estas pessoas que perderam tudo. E, já agora, junte-se ao seu amigo Putin e digam que as alterações climáticas são invenção dos "politicamente correctos". Até a Natureza se está a manifestar contra esta "tragédia" que os Americanos elegeram Presidente!
  • zita
    28 ago, 2017 lisboa 09:01
    talvez o anormal agora comece a ver os efeitos da alteração do clima. Só não a vê, crianças que não têm termo de comparação ou idiotas, já tem idade para perceber que alguma coisa mudou e mudou muito.
  • SR Trump
    28 ago, 2017 sul 08:41
    Sr. Trump explique aos texanos que é para bem deles que não subscreve o acordo de Paris . Estes ventos e tempestades são pormenores
  • Zé das Coves
    28 ago, 2017 Alverca 08:36
    Se fosse em Portugal, a culpa era da Geringonça !!!

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