Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Parkinson. Cientistas conseguiram reparar neurónios através de células estaminais

31 ago, 2017 - 07:58

Os testes foram bem sucedidos em macacos. Ensaios clínicos com humanos podem começar no próximo ano.

A+ / A-

Cientistas japoneses conseguiram reprogramar células estaminais e restaurar células cerebrais em macacos. A descoberta, publicada na revista “Nature”, abriu esperança à cura da doença de Parkinson.

A doença é causada por uma escassez de dopamina produzida pelas células cerebrais e há muito que os investigadores esperavam conseguir usar células estaminais para restaurar a produção normal daquela substância.

Agora, pela primeira vez, os investigadores revelam que células pluripotentes induzidas podem ser administradas com segurança e eficácia para tratar primatas com sintomas de Parkinson.

As chamadas células pluripotentes induzidas são produzidas em laboratório, através da remoção de células maduras de um indivíduo – muitas vezes da pele – e reprogramadas para se comportarem como células estaminais embrionárias. Podem, então, induzidas nas células produtoras de dopamina no cérebro.

Os cientistas responsáveis pela investigação, pertencentes à Universidade de Quioto, (líder mundial em tecnologias ligadas às células pluripotentes induzidas) afirmam que a sua experiência indica que esta abordagem poderá vir a ser usada no tratamento químico de doentes de Parkinson.

Além disso, os testes mostraram que, ao aumentar a produção de dopamina, os macacos melhoraram os movimentos e não houve sinal de tumores cerebrais durante, pelo menos, dois anos.

As células humanas pluripotentes induzidas usadas na experiência deram resultado quer tivessem sido retiradas de uma pessoa saudável quer a origem fosse um doente de Parkinson.

“Este resultado é extremamente promissor e demonstra que é possível desenvolver em laboratório uma terapia celular segura e eficaz”, afirmou Tilo Kunath do Centro de Medicina Regenerativa da Universidade de Edinburgh, que não participou na investigação.

Os ensaios clínicos com seres humanos podem começar em 2018.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+