05 set, 2017 - 21:08
A procura por Maëlys, a lusodescendente desaparecida há nove dias no sudeste de França, concentrou-se esta terça-feira na casa do homem suspeito de a ter sequestrado.
A casa onde o homem de 34 anos, acusado e preso desde domingo, vive com os seus pais, em Domessin (Alpes franceses), foi alvo de uma busca com a presença de especialistas, entre o final da manhã e o final da tarde.
"O objetivo desta operação foi recolher provas" cujos resultados sairão nos próximos dias, disseram os especialistas no final da busca.
Domessin situa-se a poucos quilómetros de Pont-de-Beauvoisin, onde a rapariga de 9 anos desapareceu durante a noite de 26 para 27 de Agosto, quando estava numa festa de casamento com os seus pais.
O suspeito, que chegou no final do casamento, esteve ausente da festa num momento que pode corresponder ao do desaparecimento de Maëlys.
O homem explicou depois que tinha ido a sua casa mudar os calções que estariam manchados com vinho e que ele colocou no lixo por estarem sujos e velhos. De acordo com o seu advogado, Bernard Méraud, esta ausência, confirmada pela mãe do suspeito, "é anterior ao momento do desaparecimento da menina", por volta da 1h00.
A detenção do suspeito ocorreu na passada sexta-feira, e tinha como objetivo investigar as declarações feitas pelo suspeito (de 34 anos) e que apresentavam contradições, segundo noticiou na semana passada o jornal “Le Figaro”.
A prisão preventiva sustenta-se nos "resultados" obtidos nas provas encontradas pela polícia científica em alguns pertences do suspeito que tinham sido examinados, indicou o Ministério Público.
Sem confirmação oficial, o jornal "Dauphine Liberé" avançou que se trata de restos de ADN da menina encontrados no interior do carro do suspeito.
Após ter afirmado inicialmente o contrário, o suspeito reconheceu que a menina entrou no seu carro durante a noite do casamento na companhia de um menino, não identificado, para ver se os seus cães estavam no porta-bagagem do carro, segundo Méraud.
"Ele nega totalmente que seja culpado ou cúmplice" do desaparecimento, acrescentou o advogado.
"O meu irmão está inocente", afirmou o irmão do homem de 34 anos ao jornal francês 'Le Parisien'.