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"Irma" a caminho dos EUA, segue-se o "José" e o "Katia"

08 set, 2017 - 07:43

As autoridades americanas estão a evacuar os locais onde se espera o impacto e avisam a população que se ficarem, é por sua conta e risco.

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Nada pára o "Irma". O furacão, responsável por pelo menos 14 mortos nas Caraíbas segue o seu rumo destruidor até à Florida.

Nesta altura, o "Irma" segue junto à província de Guantánamo, no extremo oriental de Cuba, e próximo das ilhas Turcas e Caicos, bem como das Bahamas. No fim-de-semana, deve chegar ao estado da Florida, onde já estão a decorrer evacuações obrigatórias em algumas zonas costeiras.

Uma das zonas pelas quais o "Irma" vai passar é Miami. O autarca de Miami Beach, Phillipe Levine, pede a todos que abandonem a cidade o quanto antes.

“Nos últimos dias tenho vindo a dizer às pessoas que, se têm amigos ou família, por favor comecem a sair de Miami Beach. Escrevemos uma carta aos turistas nos hotéis, e pedimos – ainda na altura em que as evacuações não eram obrigatórias – para que encurtassem as férias e saíssem de Miami Beach. Há que lembrar que a partir de dada altura, não haverá serviços públicos disponíveis, não haverá equipas de socorro. Estarão por vossa conta e risco. Não é um local onde queiram estar.”

Mais a sul, as centenas de ilhas que formam as Florida Keys também estão a ser evacuadas, há já alguns dias. Roman Gastesi, responsável pelo condado de Monroe, que tem no seu território todas aquelas ilhas, também alertou os residentes: se optarem por ficar, estarão por vossa conta e risco.

“Esta é uma tempestade gigantesca, que já provocou muitos estragos pelas Caraíbas. Ver as imagens que todos têm estado a passar, e pensar que podem acontecer aqui, prende a minha atenção e a de todos os residentes. Espero que saiam todos da região, se não o fizerem, já avisámos que vão estar por sua conta. Nós não vamos cá estar. Não podemos esperar que as nossas equipas arrisquem as suas vidas pela irresponsabilidade dos outros. Se ficarem é por vossa conta e risco.”

Ao todo, mais de um milhão de pessoas já foram afectadas por este furacão, o mais forte dos últimos 80 anos, mas a Cruz Vermelha Internacional estima que perto de 30 milhões de pessoas possam ser afectadas pelo "Irma".

Até ao momento, a Secretaria de Estado das Comunidades diz não ter registo de nenhuma vítima portuguesa. Ainda assim, apela a que os cidadãos portugueses contactem as embaixadas e consulados, em situações de pedido de auxílio.

A avançar pelo Atlântico, e a ganhar cada vez mais força, está o furacão "José", que atingiu já a categoria 3 e deve chegar amanhã a norte das ilhas do Sotavento, no caso, às ilhas de Guadalupe, Antígua e Barbuda. O José fará praticamente o mesmo trajecto que o Irma, mas passa mais perto das Bermudas, onde vive Hugo Pereira.

Este português, responsável por um clube náutico, admite que a comunidade portuguesa está preocupada mas vigilante. “Estamos constantemente em contacto com toda a população na Bermuda, e mesmo com a família que temos, entre os Açores e o Continente. O furacão que está em formação tem forte possibilidade de nos atingir. Neste momento é de categoria 3 [de um máximo de 5], que vem com ventos de cerca de 160 a 180 quilómetros por hora, mas ainda está em formação e por isso pode atingir os 300 quilómetros por hora.”

Entretanto, o furacão "Katia" ganhou força à medida que se aproxima da costa do México, que esta madrugada foi sacudido por um sismo.

Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, deverá continuar a ganhar força, até que de facto entre na zona costeira de Tampico, no norte do estado de Vera Cruz.

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