12 set, 2017 - 07:32
A operação de retirada dos portugueses nas Caraíbas que solicitaram apoio às autoridades por causa do furacão Irma pode prolongar-se até domingo, avisou o secretário de Estado das Comunidades, que se desloca esta terça-feira a Guadalupe.
Para já, chegaram "seis adultos e seis crianças" com residência em Vila Verde e Braga, que voaram via Paris e já estão no Porto, explicou José Luís Carneiro, salientando que as autoridades nacionais suportaram a viagem entre França e Portugal, cabendo o resto à cooperação europeia.
Em Saint-Martin (São Martinho, uma possessão dividida por franceses e holandeses nas Antilhas), uma das ilhas mais atingidas pelo furacão, está um grupo de 16 portugueses que deve "sair num avião alemão", no âmbito das parcerias da União Europeia.
"Estamos preparados para um grupo de meia centena de portugueses em Guadalupe", vindos principalmente de Saint-Martin e Saint Barthélemy (São Bartolomeu).
Em São Bartolomeu existe uma forte comunidade portuguesa que recebeu recomendações para se deslocar para a colónia francesa de Guadalupe. "Sabemos que muitos estão a vir ainda e vamos aguardar. Quando tivermos as coisas organizadas, o nosso avião irá buscá-las", explicou o secretário de Estado.
O avião português está em Belém do Pará a aguardar instruções para se deslocar para o local.
Caso existam mais portugueses que a capacidade do C-130, a Secretaria de Estado das Comunidades está em contacto com operadores parceiros da TAP para fazer o transporte via voos comerciais.
"Além do apoio da secretária de Estado da Defesa para o nosso avião, falámos com a secretaria de Infraestruturas que estão a ajudar-nos no que precisarmos", explicou José Luís Carneiro.
O balanço da passagem do furacão Irma pelas Caraíbas foi um dos mais graves na história recente da região, com o registo pelo menos 40 vítimas mortais.
O Irma - qualificado pela Organização Mundial de Meteorologia como o furacão mais forte de sempre no Atlântico - enfraqueceu na segunda-feira ao atravessar o estado norte-americano da Flórida, perdendo a designação de furacão e passando a ser classificado como tempestade tropical.