21 set, 2017 - 16:00
O ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, admite um novo diálogo com a Catalunha sobre o "sistema de financiamento e outros problemas", caso a região desista do referendo agendado para 1 de Outubro.
"Desde que abandonem os planos de independência, poderemos falar”, diz Luis de Guindos, em entrevista ao "Financial Times".
Apesar de admitir que a Catalunha "já tem um bom acordo de autonomia", o ministro do governo de Madrid admite conversar sobre um dos mais fortes motivos que levam a esta reivindicação autonómica.
A deriva independentista catalã intensificou-se em 2012, mas não houve espaço para diálogo. O ministro da Economia entende que agora é diferente, porque já não há crise económica. "A situação mudou, temos mais margem fiscal, estamos em recuperação e isso abre novas oportunidades de debate", argumenta Luis de Guindos.
O ministro estima que se a Catalunha se tornasse independente, reduziria em 30% o PIB e duplicava a taxa de desemprego. Guindos defende, ainda que, os mercados financeiros não sentiram, até este momento, o impacto da crise política na Catalunha porque "não acham que [a Catalunha] se vai tornar independente".
A região é responsável por um quinto da riqueza produzida em Espanha.