Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

João Lourenço tomou posse como Presidente de Angola

26 set, 2017 - 12:16

É o terceiro Presidente angolano desde a independência. Marcelo Rebelo de Sousa foi ovacionado.

A+ / A-

João Lourenço, general na reserva, de 63 anos, foi investido esta terça-feira no cargo de Presidente da República de Angola, o terceiro que o país conhece desde a independência, em Novembro de 1975.

O acto, presenciado por convidados nacionais e internacionais e milhares de populares, decorreu no Memorial António Agostinho Neto, em Luanda, no mesmo local e dia (26 de Setembro) em que José Eduardo dos Santos foi investido pela última vez como chefe de Estado Angolano, após as eleições de 2012.

A cerimónia, que contou com a presença de cerca de duas dezenas de chefes de Estado e do Governo – incluindo Marcelo Rebelo de Sousa – iniciou-se pelas 12h00, orientada pelo juiz conselheiro presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que proclamou a eleição de João Lourenço e de Bornito de Sousa para os cargos, respectivamente, de Presidente e vice-Presidente angolanos.

Pelas 12h10, João Lourenço prestou juramento à nação, com a mão direita sobre a Constituição da República de Angola, assinando o termo de posse, cinco minutos depois.

Já investido nas funções de novo Presidente da República, João Lourenço deslocou-se ao local onde se encontrava o Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, para este lhe colocar o colar presidencial e lhe ceder o lugar, o que aconteceu pouco depois.

O acto marcou a saída do poder de José Eduardo dos Santos, que liderava o país desde 1979 – o segundo Presidente há mais tempo no poder em todo o mundo – e que não se recandidatou ao cargo nas eleições de 23 de Agosto último.

A cerimónia terminou com o desfile dos três ramos das Forças Armadas Angolanas, seguindo-se a execução do hino nacional e disparos de 21 salvas de canhão.

O Presidente português foi assobiado e aplaudido na tomada de posse. O momento aconteceu quando estavam a ser anunciados os dignitários internacionais presentes, avança a SIC Notícias, que mostra imagens da Televisão Pública de Angola (TPA).

Marcelo Rebelo de Sousa começou por ser aplaudido, mas, pouco depois, ouviram-se também assobios, algo que foi interpretado por alguns meios de comunicação, incluindo a Renascença, como uma vaia. Porém, os assobios foram ouvidos noutros momentos da cerimónia como manifestação de aplauso (e não de crítica). Exemplo disso é a grande assobiadela que José Eduardo dos Santos ouve quando passa o colar presidencial a João Lourenço.

Em declarações à imprensa, no final do acto de tomada de posse de João Lourenço, o chefe de Estado português destacou o "ambiente muito caloroso" entre os dois países, "que é preciso aproveitar".

Marcelo Rebelo de Sousa, que chegou na segunda-feira a Luanda para participar desta cerimónia, considerou "impressionante" a ovação dada a Portugal, que "foi de longe a maior". "E não foi a mim, foi a Portugal", salientou, destacando os laços de fraternidade entre os dois povos.

O momento acontece pelos -01:04:30

[Notícia corrigida às 14h51. Corrigida a interpretação dos assobios dirigidos a Marcelo Rebelo de Sousa]

João Lourenço, o Gorbachev angolano? "Deng Xiaoping. Prefiro ser assim tratado"
João Lourenço, o Gorbachev angolano? "Deng Xiaoping. Prefiro ser assim tratado"
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Bernardo Carneiro
    27 set, 2017 Porto 18:36
    "Exemplo disso é a grande assobiadela que José Eduardo dos Santos ouve quando passa o colar presidencial a João Lourenço." Para LAVAR/BRANQUEAR a situação extremamente embaraçosa poderiam ter arranjado melhor exemplo. Esperavam então, que os angolanos se "despedissem" de JES com aplausos, em vez das MUITAS assobiadelas, somente!!! Francamente.
  • Mario
    26 set, 2017 Portugal 19:50
    Nao e nada cultural o caso do assobio. Pois em muitos locais de Angola ate e um insulto.mas parece que ha por aqui quem tente justificar o que nao tem justificação.
  • Jorge Castro
    26 set, 2017 Luanda 18:12
    A rr a dar cobertura ao título falso e tendencioso do neocolonialismo fascista do grupo Impresa. É falso. O presidente Marcelo foi aplaudidocomo nenhum outro o foi. Sejam sérios.
  • fernando
    26 set, 2017 lisboa 15:45
    Boa tarde, é incrível a falta de cultura de quem escreve estas notícias. Em Angola, assobiar desta forma é uma forma de aclamação. Vejam igualmente os "assobios" que JES recebeu quando chegou ao local. Serão assobios de reprovação? Claro que não... É vergonhosa a confusão que querem arranjar.... mais uma vez!!!
  • Carlos Gonçalves
    26 set, 2017 Almada 15:43
    Foi fazer figura de parvo como sempre, esperava umas selvies . Ficou-se mal . O que se pode esperar destes p.....
  • fernando
    26 set, 2017 lisboa 15:28
    Boa tarde, é incrível a falta de cultura de quem escreve estas notícias. Em Angola, assobiar desta forma é uma forma de aclamação. Vejam igualmente os "assobios" que JES recebeu quando chegou ao local. Serão assobios de reprovação? Claro que não... É vergonhosa a confusão que querem arranjar.... mais uma vez!!!
  • Antonio
    26 set, 2017 Mirandela 15:17
    Lamento que um "POBRE DE ESPÍRITO" armado em jornalista nos tenha insultado desta forma tão baixa.....A NÓS E AOS ANGOLANOS......Haja vergonha.
  • atila
    26 set, 2017 donas 15:15
    O pior nas relações de Portugal com Angola são os entornados ressabiados. Iam daqui mais que analfabrutos, chegavam lá, as madamas da santa terrinha, que nem papel tinham para limpar os ditos, tinham logo escravas para lhes fazer tudo,por dois tostões. Quando chegou a independência, eles que diziam adorar África, logo que a nossa tropa se veio embora, pernas para que vos quero. Oportunistas que se serviram de milhares,como eu, que perdeu dois anos da vida para enfrentar uma causa que se sabia mais que perdida, pois aquela terra não era, nem nunca foi nossa. Se amam tanto Angola, Moçambique e outras vão para lá, estão à espera de quê, de facilitismos? E o artista que se chama André Silva cujo comentário está bem patente que vá para lá e grite bem alto aos negros, em plena rua em Luanda, o que está a dizer aqui!!! Cobardolas da caca!! pernas para que vos quero.
  • FALCÃO
    26 set, 2017 ALVERCA 15:10
    TUGA TENS TODA A RAZÃO.ATÉ PARECE QUE NOS PORTUGUESES SOMOS GOVERNADOS POR MACACOS ORELHUDOS...COITADINHOS QUE SE ALGUMA SABEM PODEM AGRADECER AS ESCOLINHAS PORTUGUESES FINANCIADAS PELOS TAIS PORTUGAS QUE NÃO VALEM NADA...FILHOS DUMA P»#U=A
  • juzze do vale
    26 set, 2017 Porto 14:54
    "os assobios foram ouvidos noutros momentos da cerimónia como manifestação de aplauso (e não de crítica)."....vergonha....sejam coerentes com o titulo e lead.....querem captar audiências....assim nao!

Destaques V+