29 set, 2017 - 19:44 • Pedro Mesquita , enviado especial à Catalunha
O chefe da polícia catalã, os Mossos d’Esquadra, activou um plano para cumprir a ordem judicial de suspender a realização do referendo independentista marcado para domingo.
De acordo com a ordem de Josep Lluís Trapero, os agentes têm que prevenir a ocupação e retirar todas as pessoas que se encontrem nas assembleias de voto, muitas instaladas em escolas.
Confiscar as urnas onde serão depositados os votos e evitar ao máximo possível o uso de violência são outras das indicações dadas aos 17 mil Mossos.
A polícia catalã cumpre assim uma ordem da Procuradoria Geral da Catalunha, de impedir os autodenominados "comités de defesa do referendo", os grupos encarregues de ocupar as salas de aula até ao próximo domingo, dia da votação.
Segundo fontes da polícia, os agentes da polícia catalã começaram a chegar às escolas a partir das 14h00 e têm ordens para tomar conta das salas, à medida que as aulas vão terminando.
O presidente do governo da Catalunha está determinado em levar para a frente o referendo sobre a independência no domingo.
Em conferência de imprensa, Carlos Puidegmonte garantiu que está tudo preparado e que estão mais de seis mil urnas estão em local secreto.
O Supremo Tribunal da Catalunha mandou fechar a aplicação de smartphone da Google que tem estado a ser usada pelo governo regional para divulgar informações sobre a votação.
Em declarações à Renascença, Nuria Suarez Hernandez, porta-voz de uma plataforma anti-referendo e anti-independência, espera que a maioria das pessoas não vá votar e deixa críticas ao governo regional que está no poder sem maioria.
“As forças da oposição não fazem campanha porque este referendo não é legítimo”, afirma Nuria Suarez Hernandez.