01 out, 2017 - 19:54
O primeiro-ministro espanhol falou ao país após o fecho das urnas na Catalunha. Mariano Rajoy agradeceu às forças policiais e não comentou os episódios de violência.
Para Rajoy, a consulta popular foi "ilegal, logisticamente desarticulada e sem qualquer garantia", tratando-se de uma “irresponsável estratégia política”.
Afirmando que a maioria da não quis participar no referendo, o primeiro-ministro acredita que "hoje prevaleceu a democracia". “Hoje não houve um referendo de autodeterminação na Catalunha”, sublinhou por diversas vezes.
O governante agradeceu “de uma maneira muito especial” à Polícia Nacional e à Guardia Civil, que “cumpriram a sua obrigação e mandato”.
Na sua intervenção, Rajoy nunca fez referência aos atingidos nas cargas policiais que ocorreram em vários locais da Catalunha e que, segundo o executivo regional, provocaram mais de 800 feridos.
“Agradeço aos partidos políticos que mostraram a sua lealdade para com o Estado, aos juízes e procuradores que aplicaram a lei sem receios dos assédios antidemocráticos, e, de uma maneira muito especial, às forças e corpos de segurança do Estado, à Polícia Nacional e à Guardia Civil, que cumpriram a sua obrigação e mandato”, afirmou o chefe do Governo espanhol, numa declaração a partir de Madrid.
O chefe do Governo espanhol dirigiu ainda uma palavra de agradecimento à União Europeia e à comunidade internacional.
No final, Rajoy convocou todos os partidos políticos espanhóis para discutir o futuro do país. A mudança “não pode vir da quebra da legalidade”, afirmou.