01 out, 2017 - 10:24
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O dia acordou chuvoso e cinzento na Catalunha, mas nem por isso centenas de pessoas deixaram de sair à rua para participar no referendo sobre a independência da região.
Do lado de Madrid, cumpre-se a promessa: repressão policial para tentar impedir o voto. Surgem, assim, os confrontos relatados pela comunicação social e por várias pessoas nas redes sociais, nomeadamente no Twitter.
Primeiro, chegaram os Mossos d’Esquadra (a polícia catalã), mas em muitas situações não conseguiram intervir, pelo que foram enviados reforços da polícia nacional, com mais poder de repressão.
Os serviços de emergência catalães falam em, pelo menos, 38 feridos, na sua maioria ligeiros. Três pessoas estarão feridas com gravidade.
Os idosos chegaram a ser aconselhados a manterem-se longe dos locais de voto. Mas muitos decidiram ir e há imagens polémicas a circular de pessoas mais velhas feridas ou a serem agarradas pela polícia.
Líder catalão fala em “violência injustificada”
O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, acusa as autoridades espanholas de recorrerem a “violência desproporcionada, irresponsável e injustificada” para impedir a realização do referendo.
A polícia nacional (Guardia Civil) disparou balas de borracha e bastões contra várias pessoas que defendem o direito a votar este domingo.
Recorde-se que Madrid considera a consulta popular ilegal e prometeu duras medidas para impedir a sua realização.
Carles Puigdemont fala numa “terrível imagem de Espanha” dada pelas autoridades.
Apesar disso, acrescenta, “falharam em travar o desejo dos catalães de votar. Mas ajudaram a clarificar quaisquer dúvidas que hoje houvesse”.