03 out, 2017 - 10:54
Veja também:
O prémio Nobel da Física foi atribuído a três cientistas pela sua "decisiva contribuição para o detector de LIGO e a observação das ondas gravitacionais".
O galardão foi atribuído aos três investigadores, mas não de igual forma. Metade do prémio vai para Rainer Weiss, enquanto a outra metade é dividida entre Barry Barish e Kip Thorne.
Para o Comité Nobel, "está-se perante algo totalmente novo e diferente, que abre mundos até agora insuspeitos".
Rainer Weiss é alemão, tem 85 anos. Os outros dois galardoados são norte-americanos. Barish tem 81 anos e Thorne 77.
As onda gravitacionais já tinham sido sido previstas por Einstein há 100 anos na sua teoria da relatividade, mas só recentemente foi possível registá-las. Foram detectadas pela primeira vez em Setembro de 2015, pelo Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (LIGO), nos Estados Unidos, cujos dois detectores laser gigantes tinham finalmente medido pequeninas distorções no espaço-tempo provocadas pela colisão de dois buracos negros há 1.300 milhões de anos.
Depois disso, as ondas gravitacionais foram detectadas mais três vezes, a última anunciada apenas há cerca de uma semana.
Ao telefone na cerimónia de anúncio do Prémio Nobel, Rainer Weiss disse o que sentiu quando detectaram as ondas gravitacionais pela primeira vez: “Muitos de nós não acreditávamos. Levámos dois meses a convencermo-nos. Agora ninguém duvida que as detectámos.”
As ondas gravitacionais são ondulações extremamente fracas no tecido do espaço e do tempo, geradas por alguns dos eventos mais violentos do universo. As ondas foram detetadas pelos laureados na sequência de uma colisão de dois buracos negros a cerca de 1,3 mil milhões de anos-luz de distância.
O prémio tem o valor monetário de nove milhões de coroas suecas (cerca de 933 mil euros).