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Radioactividade de Fukushima detectada a muitos quilómetros da central

03 out, 2017 - 09:10

Césio radioactivo libertado durante o desastre na central concentrou-se nas areias e tem estado a escorrer para o oceano.

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Resíduos radioactivos do acidente com a central nuclear de Fukushima, no Japão, foram descobertos em areia e água subterrânea de praias a quase cem quilómetros de distância da instalação afectada pelo terramoto de 2011, revela um estudo publicado esta terça-feira.

Césio radioactivo libertado durante o desastre na central, atingida pelo maremoto provocado pelo abalo de terra, concentrou-se nas areias e tem estado a escorrer para o oceano.

Nas semanas a seguir ao desastre, que ocorreu a 11 de Março de 2011, césio 157 foi levado pelas correntes marinhas e acumulou-se na costa, onde se manteve agarrado à areia na mistura subterrânea de água doce com salgada.

Marés recentes soltaram aquele elemento radioactivo, que rodeado de água salgada deixa de estar agarrado à areia.

"Não era esperado que os níveis mais elevados de césio na água do mar fossem encontradas a muitos quilómetros de distância, em vez de no porto da central de Fukushima", afirmou Virginie Sanial, uma das autoras do estudo publicado no boletim da Academia Nacional das Ciências norte-americana.

Com metade dos 440 reactores nucleares no mundo localizados em zonas costeiras, esta fonte de contaminação radioativa persistente "precisa de ser tida em conta no controlo de centrais e em cenários de acidentes futuros", afirmam os autores do estudo.

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