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Catalunha acusa Madrid de querer prejudicar economia catalã

05 out, 2017 - 23:42

Governo central vai aplicar legislação que facilite a saída de empresas da Catalunha.

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O Governo catalão acusa o Executivo espanhol de querer "castigar a economia catalã" com o decreto que prevê aprovar na sexta-feira em Conselho de Ministros para facilitar a saída rápida das empresas da Catalunha.

Esta posição foi defendida pelo secretário da Economia do executivo regional catalão (Generalitat), Pere Aragonès, numa alusão ao decreto que pretende facilitar a mudança de sede social das empresas sem necessidade de submeter esta decisão à assembleia de accionistas.

Em várias mensagens, através da sua conta na rede social Twitter, Aragonès salientou que a decisão demonstra que o Executivo espanhol "vê a independência da Catalunha perto" e, por isso, "pretende "castigar a economia catalã", o que considerou ser uma "total irresponsabilidade".

Fontes do departamento de Economia da Generalitat disseram à Efe que o Governo continuará a "trabalhar com os bancos" onde quer que tenham a sua sede social.

O Governo catalão considera que a decisão adoptada pelo Banco Sabadell de mudar a sede social para Alicante e a possibilidade do CaixaBank, que controla o BPI, avançar no mesmo sentido são acordos que, na prática, têm um impacto económico mínimo.

O Sabadell, segundo a Efe, informou o Governo catalão da decisão de mudar a sua sede social antes da aprovação, sendo que o CaixaBank também tem tido contacto com o Executivo.

O objectivo do Executivo espanhol é que o decreto-lei inclua uma nova disposição que modifique a Lei das Sociedades de Capital, permitindo agilizar a mudança de sede de uma empresa, refere a Efe.

Em Maio de 2015, perante o interesse de várias empresas em mudar a sua sede social para outras comunidades autónomas, o Governo de Mariano Rajoy aprovou uma disposição adicional que reconhecia que, "salvo disposição contrária dos estatutos, o órgão de administração será competente para trocar o domicílio social dentro do território nacional".

Os receios perante uma proclamação unilateral de independência por parte da Generalitat aumentaram nos últimos dias nas empresas catalãs cotadas em bolsa.

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