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Catalunha. Portugal quer solução no quadro da Constituição e leis espanholas

09 out, 2017 - 19:27

Augusto Santos Silva diz que o assunto diz respeito unicamente a Espanha, mas espera que haja estabilidade, dada a importância das relações entre os dois países ibéricos.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse esta segunda-feira que uma solução para o futuro da Catalunha deve ser encontrada no quadro da Constituição e das leis de Espanha, enquanto "assunto dos espanhóis e das instituições espanholas".

Para Augusto Santos Silva, as instituições de Espanha "saberão encontrar a melhor solução" e ultrapassar "eventuais diferendos e sobretudo progredir na senda do progresso".

"Enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, eu não sou parte em discussões que dizem respeito a Espanha", sublinhou, em declarações aos jornalistas, em Coimbra.

Augusto Santos Silva realçou que a União Europeia, tal como Portugal, acompanha "com toda a atenção" os desenvolvimentos da situação política na Catalunha.

Além de estado vizinho de Portugal, "Espanha é o nosso interlocutor político há muitos séculos e é também o nosso principal parceiro económico", adiantou, fazendo votos para que "a Constituição e a lei espanhola sejam respeitadas por todos".

"Confio que as instituições relevantes saibam envolver-se num diálogo político responsável, para que esta página possa ser virada", num sentido que "compete aos espanhóis escolherem", afirmou Augusto Santos Silva.

A Espanha está mergulhada numa crise desde a realização, a 1 de outubro, de um referendo de autodeterminação, proibido pela justiça e não reconhecido pelo Governo de Madrid, e em que os independentistas catalães reclamam vitória, com 90% de votos favoráveis ao “sim” e uma taxa de participação de 43%.

O dia da votação ficou marcado pela violência policial sobre cidadãos que pretendiam votar ou assegurar a possibilidade de voto, e que, segundo as autoridades regionais, causou perto de 900 feridos.

O presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, admite declarar esta terça-feira a independência, no parlamento regional, caso o Governo central, liderado por Mariano Rajoy, continue a recusar uma mediação.

Este fim-de-semana, centenas de milhares de catalães saíram à rua para exigir ao líder catalão que renuncie.

A Europa segue com preocupação a evolução da crise catalã.

Face às ameaças de secessão de Catalunha, onde vive 16% da população espanhola, a chanceler alemã, Angela Merkel, reafirmou no sábado, numa conversa telefónica com o seu homólogo espanhol, o seu "apoio à unidade de Espanha".

Por seu lado, Paris advertiu que a independência da Catalunha não seria reconhecida e significaria imediatamente uma saída da região da União Europeia.

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  • vitor
    16 out, 2017 sacavem 16:21
    este srº que tenha juizo , não se meta no direito histórico de um povo , quando catalunha for independente , depois nãovás lá é uma aviso caro sem vergonha
  • Horacio
    10 out, 2017 Lisboa 13:51
    Neste assunto Portugal deve ficar calado. Não nos diz respeito nada disto, pessoalmente podemos ter opiniões mas o problema é deles .e já é antigo. Eles são todos espanhóis que se entendam .
  • Manuel Buiça
    09 out, 2017 Olivença 20:13
    Este ministro sem coragem de enfrentar os espanhois na questao de Almaraz e da gestao da agua dos rios internacionais esquece o artigo 7 da constituçao portuguesa : 1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos povos, da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros povos para a emancipação e o progresso da humanidade. 2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos. 3. Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão. O senhor ministro é um fora da lei

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