01 nov, 2017 - 14:16
O autor do ataque da terça-feira em Manhattan (Nova Iorque) “está ligado” ao autoproclamado Estado Islâmico e "radicalizou-se" nos Estados Unidos, divulgou o governador de Nova Iorque esta quarta-feira.
Em declarações à CNN, o governador do estado de Nova Iorque, Andrew Cuomo, confirmou as indicações que já tinham sido referidas por alguns órgãos de comunicação social, segundo os quais o atacante terá deixado uma mensagem, escrita em árabe em que manifesta aliança ao grupo terrorista.
Segundo o jornal “New York Times”, a mensagem – juntamente com uma bandeira do autoproclamado Estado Islâmico – terá sido encontrada dentro da carrinha de caixa aberta utilizada no ataque.
Contudo, as fontes ouvidas pelo mesmo jornal frisam que nada permite estabelecer uma ligação directa entre o atacante e o grupo terrorista, podendo tratar-se apenas de um ataque “inspirado” na actuação do grupo.
A identidade do atacante não foi divulgada oficialmente pelas autoridades, mas, segundo fontes citadas pela agência de notícias Associated Press, trata-se de Sayfullo Saipov, de 29 anos, natural do Uzbequistão, que chegou aos Estados Unidos em 2010, sendo titular de residência permanente.
Com carta de condução da Flórida, tem residência em Nova Jérsia. Segundo o jornal “New York Times”, trabalhava como motorista da Uber e já estaria no radar da polícia norte-americana.
O ataque deu-se na terça-feira à tarde (início da noite em Portugal continental). O homem investiu uma carrinha contra quem passava numa ciclovia movimentada, perto do memorial do World Trade Center.
Pelo menos oito pessoas morreram e 11 ficaram feridas, segundo o mais recente balanço oficial.
A carrinha era alugada e foi depois abandonada pelo condutor, munido com duas armas de imitação nas mãos. Acabou por ser detido, depois de ser baleado no abdómen e hospitalizado.
Este é o primeiro ataque em Nova Iorque com registo de mortos desde os atentados contra o World Trade Center, em 11 de Setembro 2001.
Entre os mortos estão seis estrangeiros: uma belga e cinco argentinos. Ente os feridos, os estrangeiros são cinco: três belgas, uma alemã e um argentino. Estão hospitalizados e fora de perigo.
Quanto a portugueses, o Governo português diz não ter sido possível, até ao momento, apurar se existe algum entre as vítimas. Em declarações à agência Lusa, fonte do gabinete secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, o Governo está a acompanhar a situação através das autoridades consulares portuguesas em Nova Iorque.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já ordenou o reforço do controlo das entradas de estrangeiros no país.