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Web Summit tem “casamento perfeito” com Portugal, mas Cosgrave não diz se renova votos

09 nov, 2017 - 13:20

Fundador da cimeira faz balanço positivo desta edição, mas alega que só tem "cabeça" para olhar para "as próximas 12 horas”.

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O fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, diz que a relação da cimeira tecnológica com Portugal é um “casamento perfeito”, mas, quando questionado sobre o futuro da organização em Lisboa, não se compromete com qualquer tipo de "renovação de votos".

É como perguntar a um jogador de ténis, a meio de um jogo, o que é que iria fazer no fim-de-semana ou a um jogador de futebol o que iria fazer na próxima semana. Eu só tenho cabeça, nesta altura, para me focar nas próximas 12 horas”, disse Cosgrave, esta quinta-feira, o último dia da Web Summit, que tem permanência garantida em Portugal só até 2018.

Numa conferência de imprensa "à pinha", Paddy Cosgrave fez um pré-balanço muito positivo desta edição da Web Summit e usou vários adjectivos para qualificar a relação com Portugal.

“O apoio de Portugal é fenomenal, é o casamento perfeito. Não é apenas o apoio do primeiro-ministro ou do presidente da Câmara, mas também de outras organizações fantásticas, como a polícia, os bombeiros, que são fantásticos, o aeroporto, incrível, o metro e os transportes públicos. Às vezes, é difícil imaginar a coordenação que é necessária para um evento como este - e a participação de líderes mundiais requer níveis elevados de segurança. É um grande trabalho de equipa”, classificou Paddy Cosgrave.

O fundador da Web Summit acrescentou que Lisboa tem outros espaços, além da FIL e da Altice Arena, para onde a cimeira de tecnologia pode crescer para o próximo ano.

Nesta edição, a Web Summit teve mais de 59 mil participantes de 170 países, 1.400 investidores, 1.200 oradores e 2.500 jornalistas.

Paddy Cosgrave acredita que muitas das empresas participantes vão ter sucesso no futuro. “Nos últimos quatro anos, 50 mil milhões foram investidos nas ‘startups’ que participaram nos nossos programas de investidores – e excluímos daqui aqueles vindos da China ou da Índia. É um número muito significativo. Temos mais de duas mil ‘startups’ a participar em cada ano e a investir na Web Summit. E a maioria delas, para ser honesto, vão ter sucesso.”

Quanto aos temas que encheram estes dias na Web Summit, Paddy destacou a inteligência artificial e o ambiente, a grande prioridade este ano e que contou com um palco próprio.

Com o planeta e as alterações climáticas em mente, a última conferência, antes da sessão de encerramento, é feita por Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Prémio Nobel da Paz em 2007 pelo seu papel na denúncia do aquecimento global.

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