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UE aprova renovação de licença de glifosato com abstenção de Portugal

27 nov, 2017 - 16:13

Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo e Malta votaram contra. Estes países representam 32,26% da população da União.

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O Comité de Recurso da União Europeia (UE) deu, esta segunda-feira, “opinião positiva” à proposta de renovação por cinco anos do uso do glifosato, com uma maioria qualificada de 18 Estados-membros a favor e a abstenção de Portugal.

Portugal absteve-se na votação, mantendo, segundo fonte do Ministério da Agricultura, a posição assumida desde o início face ao herbicida, tendo a renovação da licença merecido voto positivo da Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, Holanda, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Polónia, Reino Unido, República Checa, Roménia e Suécia, que representam 65,71% da população dos 28.

Áustria, Bélgica, Chipre, Croácia, França, Grécia, Itália, Luxemburgo e Malta votaram contra, com o peso de 32,26% da população da UE.

“O voto de hoje mostra que quando todos queremos, somos capazes de partilhar e de aceitar a nossa responsabilidade colectiva no processo de decisão, disse o comissário europeu para a Saúde, Vytenis Andriukaitis, segundo um comunicado.

A prorrogação por cinco anos da licença do herbicida - usado na agricultura - teve 18 votos a favor, nove contra e uma abstenção, tendo sido reunida uma maioria qualificada de 55% dos países da UE, que representem, pelo menos, 65% do total da sua população.

O executivo comunitário adiantou que adoptará a decisão depois de 15 de Dezembro, data em que caduca a actual licença do glifosato.

O Comité de Recurso é uma instância destinada a apoiar a tomada de decisões em casos sensíveis e problemáticos.

Medida "absolutamente infeliz"

O uso do glifosato na agricultura, mas também nos espaços verdes cuidados pelas autarquias, tem sido fortemente contestado pelas associações ambientalistas pelas alegadas substâncias cancerígenas que deixa na natureza.

Em declarações à Renascença, Natacha Cingotti, do gabinete de políticas de saúde e química da organização não-governamental Aliança da Saúde e do Ambiente, considera que a decisão aprovada hoje é “absolutamente infeliz”.

“Foram totalmente ignoradas as preocupações sobre o impacto que o glifosato tem nas casas das pessoas. Foi também ignorado o acordo democrático feito no Parlamento Europeu que exigia a restrição total de glifosato em 2022.”

A ambientalista gostava que tivessem ouvido o parlamento, os cidadãos, os cientistas e as organizações para que retirassem o glifosato.

Natacha Cingotti diz que esta decisão desincentiva o início da transição para que hajam práticas agrícolas mais sustentáveis.

“Vamos continuar a ter herbicidas nos mercados mais famosos da Europa. Foram assim cortados novos incentivos para mudar. Esta decisão desincentiva o início de uma transição para práticas agrícolas mais sustentáveis”, afirma a ambientalista.

[notícia actualizada às 20h04]

Comentários
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  • Vasco
    28 nov, 2017 Santarém 22:13
    E alternativas, já alguém trabalhou nesse sentido?
  • jorge
    28 nov, 2017 Seixal 15:19
    Ainda querem que acreditemos nesta comunidade europeia, e os que não acreditam, por estas ou outras razões chamam-lhe eurocéticos. Todos sabemos que o aumento das doenças cancerígenas, na maioria, são provocadas pelo que comemos, carne, peixe, vegetais, frutos, tudo empestado com químicos que nós humanos ingerimos diariamente, depois os hipócritas, os vendidos, os corruptos, votam a favor da continuidade deste e outros herbicidas, para satisfazer os interesses das grandes multinacionais, em detrimento da saúde da raça humana.
  • Sara
    27 nov, 2017 Lisboa 23:07
    As farmaceuticas, e tudo e esta associado ao tratamento do cancro, agradecem esta posição. Só o ambiente é que não, e também o pouco conhecimento das pessoas sobre este quimico.Se este quimico fizesse bem,não era preciso usarem mascaras para por em plantas.
  • Jesus a Pedro II
    27 nov, 2017 ceifadores.com.br 22:16
    O homem não sabe de nada. No momento em que vieram a pensar em lucros, não deveriam, sem primeiro fazer um levantamento das consequências. Agora, só com o Meu retorno que posso pôr a terra no eixo novamente. E tenho que vir em breve, senão todos morrerão sufocados, porque a poluição está a espalha-se na atmosfera. Que pena que isto tenha acontecido. Sim! Porque, se assim ficasse, os animais começariam a nascer com duas cabeças ou cinco pernas, e as crianças nasceriam com grandes defeitos, devido ao uso de preservativos e anticonceptivos. Tudo isto é fruto do Meu maior inimigo. O que Eu criei com perfeição, ele pôs na cabeça das pessoas que vêm estudando que podem fazer sementes transgênicas, para o homem mudar de vida e viver mais, o que não é verdade. Verdade mesmo, com tudo isto, será um descontrole total sobre a natureza, como já vem acontecendo. Ninguém deveria se alimentar quando os próprios frutos se encontram manchados com os produtos químicos, porque o organismo não tem tanta resistência. Ter, ele tem, sim, mas com produtos naturais. Olhem que, hoje, todos estão vendo que estes produtos vêm deixando o homem mais violento, porque o que consome são venenos e drogas. Na realidade, o pouco que se vê, nos grandes mercados, são produtos fora de época, principalmente as frutas, e essas já vêm contaminadas. Então começam a aparecer no corpo humano doenças de todos os tipos. Meus filhos! Quem ouve a Minha voz não se preocupe. Cuidem de vós que em breve, muito em breve voltarei

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