29 nov, 2017 - 08:23
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O Secretário-geral das Nações Unidas condena o lançamento, na terça-feira, de um míssil por parte da Coreia do Norte. António Guterres pede ao regime de Pyongyang que “desista de tomar medidas que visam a desestabilização”.
O lançamento do míssil “é uma clara violação das resoluções do Conselho de Segurança e revela total desrespeito pela posição conjunta da comunidade internacional”, afirma num comunicado.
No mesmo documento, o Secretário-geral reafirma o seu “compromisso de trabalhar com todas as partes para reduzir as tensões” existentes.
Na terça-feira, a Coreia do Norte lançou um míssil intercontinental que aterrou na Zona Económica Exclusiva do Japão.
Segundo o comunicado oficial, feito esta quarta-feira pela televisão estatal norte-coreana, o míssil foi disparado em direcção a Leste, a partir da província de Pyongan do Sul, por volta das 3h17 (18h17 de terça-feira em Lisboa).
Percorreu cerca de 960 quilómetros e atingiu uma altitude de mais de 4.000 quilómetros, a máxima altitude alcançada até à data, antes de se despenhar no Mar do Japão (denominado de Mar do Leste nas Coreias).
Designado “Hwasong-15”, o projéctil será capaz de alcançar “todo o território dos Estados Unidos”. Pela altitude atingida, revela um novo e perigoso avanço do programa norte-coreano.
Os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e a China já reagiram ao lançamento – o terceiro deste tipo, depois dos dois lançados no passado mês de Julho e Setembro – e o Conselho de Segurança da ONU reúne-se esta quarta-feira de emergência para decidir novas e mais duras sanções contra Pyongyang.
Do lado de Seul, o Presidente sul-coreano já se manifestou preocupado com a possibilidade de os Estados Unidos poderem levar a cabo um ataque preventivo para acabar com os planos nucleares de Pyongyang. A Coreia do Sul fala numa "ameaça séria" à paz na região.
Por seu lado, a China apela a todas as partes que ajam com cautela, de modo a defender a paz e a estabilidade na zona.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas é actualmente presidido pela Itália. Os cinco países com direito de veto (e assento permanente) são: Estados Unidos, China, França, Rússia e Reino Unido.