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“Portugal não acompanhará decisão dos EUA” de transferir embaixada para Jerusalém

06 dez, 2017 - 12:16

Garantia dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, em entrevista à Renascença.

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Entrevista ao ministro Augusto Santos Silva sobre decisão dos EUA de reconhecerem Jerusalém como capital de Israel (06/12/2017)

Portugal considera contraproducente a eventual decisão da administração Trump sobre reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Em entrevista à Renascença, o ministro dos Negócios Estrangeiros considera que a decisão a ser anunciada esta quarta-feira se afasta de uma solução pacífica para o Médio Oriente.

Por isso, “Portugal não acompanha nem acompanhará a eventual decisão dos Estados Unidos de transferir a sua representação diplomática de Telavive para Jerusalém”.

“Nós temos duas representações diplomáticas – uma em Israel e outra na Palestina – e a que está situada em Israel, está em Telavive”, sublinha Augusto Santos Silva.

Na terça-feira, o Presidente norte-americano anunciou que pretende reconhecer Jerusalém como capital de Israel e mudar a embaixada norte-americana de Telavive para aquela cidade.

O anúncio deverá ser feito esta quarta-feira por Donald Trump, à hora de almoço na Casa Branca (final da tarde, em Lisboa).

A decisão tem motivado várias reservas entre a comunidade internacional. O Papa Francisco mostrou-se esta quarta-feira preocupado com a intenção anunciada do Presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

“A este respeito, não posso calar a minha profunda preocupação pela situação que se criou nos últimos dias”, afirmou durante a audiência geral.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, esta quarta-feira, que Portugal está preocupado com "gestos que possam ser considerados contraproducentes para o clima de diálogo" no Próximo e no Médio Oriente.

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