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Europa não mudará de política em relação a Jerusalém

11 dez, 2017 - 10:47

Netanyahu está em Bruxelas em busca de apoios para o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, mas a União Europeia reitera o respeito pelo consenso internacional.

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A chefe da diplomacia europeia garantiu, em Bruxelas, que a União Europeia vai continuar a respeitar o "consenso internacional" relativamente a Jerusalém, que não reconhece esta cidade como capital de Israel. A intenção foi manifestada, esta segunda-feira, no final de um encontro com primeiro-ministro israelita.

Federica Mogherini considerou que, como parceiros e amigos de Israel, os membros da União Europeia defendem que "é do interesse securitário de Israel encontrar uma solução duradoura e global para o conflito no Médio Oriente" e expressou total apoio da União ao rei da Jordânia no processo de paz.

Na mesma ocasião, Benjamin Netanyahu aproveitou para apelar aos líderes europeus que sigam a posição assumida pelo presidente norte-americano de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

Afirmou que o gesto de Donald Trump torna a paz possível no Médio Oriente. "Jerusalém é a capital de Israel, ninguém o pode negar. Torna possível a paz porque reconhece a realidade e a substância da paz", justificou o chefe do governo israelita.

Checos recuam no apoio a Israel

Entre os Estados-membros, apenas a República Checa chegou a considerar a hipótese de mudar a sua embaixada para Jerusalém, dando assim o seu aval à decisão de Trump, mas acabou por recuar

Este é a primeira visita do chefe de governo de Israel a Bruxelas e decorre num período de tensão política provocada pelo reconhecimento da cidade de Jerusalém como capital israelita pelos Estados Unidos. Em Janeiro, segundo anunciou Mogherini, será a vez de Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, se deslocar a Bruxelas para conversações sobre a paz no Médio Oriente.

Desde que o Presidente norte-americano anunciou a decisão de mudar a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém, têm-se sucedido protestos. Pelo menos, quatro palestinianos já terão morrido em confrontos com forças israelitas. Há ainda registo de 200 feridos.

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