20 dez, 2017 - 19:20
Donald Trump ameaça cortar a ajuda a países que votarem a favor de uma resolução da ONU que pede aos Estados Unidos que recuem na decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
“Eles recebem centenas de milhões de dólares e até milhares de milhões de dólares e, depois, votam contra nós. Vamos estar atentos a esses votos. Deixem-nos votar cotra nós. Vamos poupar muito. Não queremos saber”, disse o Presidente norte-americano aos jornalistas na Casa Branca.
A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, enviou uma carta a dezenas de países, onde avisa que Donald Trump lhe pediu para “reportar os países que votarem contra os EUA”.
At the UN we're always asked to do more & give more. So, when we make a decision, at the will of the American ppl, abt where to locate OUR embassy, we don't expect those we've helped to target us. On Thurs there'll be a vote criticizing our choice. The US will be taking names. pic.twitter.com/ZsusB8Hqt4
— Nikki Haley (@nikkihaley) 19 de dezembro de 2017
A ameaça foi amplificada através de uma mensagem publicada na rede social Twitter: “Os Estados Unidos vão tomar nota dos nomes”, escreveu Nikki Haley.
Os 193 membros da assembleia geral das Nações Unidas vão realizar, na quinta-feira, uma rara sessão especial de emergência, a pedido dos países muçulmanos.
A assembleia geral vai votar uma resolução a pedir que os Estados Unidos recuem na decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
A mesma resolução recebeu, segunda-feira, o veto dos EUA no conselho de segurança.