18 jan, 2018 - 19:46
Veja também:
A economia está a melhorar, mas Donald Trump não é um "bom embaixador" nem conseguiu “limpar o pântano” em Washington, defende Francisco Semião, fundador e presidente da Organização Nacional de Portugueses Americanos (NOPA, na sigla inglesa).
Francisco Semião falava na emissão especial da Renascença, realizada esta quinta-feira na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que assinalou o primeiro ano de Trump na presidência dos Estados Unidos.
Filho de pai português e mãe salvadorenho, o presidente da NOPA admite alguma desilusão com Donald Trump, mas também encontra pontos positivos.
“O senhor Trump não é um bom político e, também, não é um bom embaixador”, afirma. Não está bem rodeado na administração, sublinha.
“As pessoas que apoiaram o senhor Trump não ficaram com posições importantes. Foi construída uma parede invisível pelo pessoal de Bush. Ele não limpou o ‘swamp’ (pântano) na Casa Branca e nos departamentos importantes deste país”, lamenta Francisco Semião.
Por outro lado, o presidente da Organização Nacional de Portugueses Americanos defende que os resultados da política económica de Donald Trump estão à vista. A “economia está a melhorar” e as empresas do sector privado estão “com mais confiança” para investir e fazer negócios.
O novo pacote fiscal introduzido pela administração Trump e a diminuição da regulação em sectores como a energia também tiveram um “impacto positivo” na economia, sublinha.
“Para mim foi importante participar e ser conselheiro da campanha de Trump, porque a senhora [Hillary] Clinton é um pouco mais do lado socialista. Eu sou metade português e a minha mãe é de El Salvador, eu reconheço o impacto negativo que têm os partidos socialistas no mundo, eu não queria que a senhora Clinton fosse Presidente, porque podia ser uma coisa muito má para a economia”, disse Francisco Semião à Renascença.