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Relação com Angola “não podia ser melhor” e inclui “múltiplos contactos”

23 jan, 2018 - 18:08

Alguns dos contactos com o estado africano são formais, outros menos, mas todos são importantes, diz Marcelo.

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O Presidente da República afirmou esta terça-feira que a relação política e diplomática de Portugal com Angola "não podia ser melhor" e é feita de "múltiplos contactos", alguns mais públicos e formais, outros menos, todos importantes.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à saída da cerimónia de lançamento de Cascais como Capital Europeia da Juventude 2018, no Centro de Congressos do Estoril, sobre o tema das relações entre os Estados português e angolano a propósito do processo judicial que envolve o ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente.

Questionado se o primeiro-ministro, António Costa, partilhou consigo o parecer solicitado à Procuradoria-Geral da República sobre este caso, que não foi tornado público, o Presidente da República escusou-se a responder: "Isso é uma matéria sobre a qual não me vou pronunciar publicamente".

"Aquilo que quero dizer, neste momento, é que as relações políticas e diplomáticas são excelentes", declarou o chefe de Estado. "Não podia ser melhor o nosso relacionamento", reforçou.

Interrogado se considera decisivo o encontro entre o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente de Angola, João Lourenço, marcado para esta noite, em Davos, na Suíça, onde decorre o Fórum Económico Mundial, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "a vida é feita de múltiplos encontros e de múltiplos contactos".

"Alguns são públicos e notórios, e são formais ou relativamente formais, outros são informais", referiu, completando: "E todos são importantes".

Ainda a respeito do encontro entre António Costa e João Lourenço, os jornalistas perguntaram-lhe se vai estar atento ao que se vai passar em Davos, e o Presidente da República retorquiu: "Como imaginam, esta temática, como todas as temáticas que dizem respeito ao relacionamento de Portugal na Europa e com os nossos irmãos da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], são matérias que eu acompanho dia e noite há dois anos".

Marcelo Rebelo de Sousa apontou as recentes declarações dos ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Angola como sinal de excelência no relacionamento bilateral.

"Há uma sintonia, há uma convergência clara no sentido de mostrar que, como acontece entre povos, não podia ser melhor o nosso relacionamento", sustentou.

Antes de falar à comunicação social, o chefe de Estado assistiu ao início da cerimónia de lançamento de Cascais como Capital Europeia da Juventude 2018 e fez uma curta intervenção para saudar o município e o presidente da Câmara Municipal, Carlos Carreiras: "Valeu a pena, muitos parabéns".

Marcelo Rebelo de Sousa descreveu Cascais, onde mora, como "uma grande terra no melhor país da Europa e do mundo", com história, mar e serra em redor e "muita escola, muito desporto, muito digital, muita juventude".

"Cascais conta comigo para estes meses agitados e inesquecíveis, acolhendo os que chegam, nas ruas em que moro ou percorro todos os dias, ou nas praias em que nado, como hoje, no inverno, tal como no verão. Ou nos encontros nas escolas, na descoberta da história, do património, da arte, da natureza, da gastronomia, do convívio", prometeu.

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