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Trump admite naturalizar 1,8 milhões de imigrantes em troca de dinheiro para o muro

26 jan, 2018 - 00:12

O novo plano do líder norte-americano quer convencer o partido democrata e assim garantir a passagem do orçamento do estado para 2018.

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O Presidente norte-americano propõe um plano de cidadania a 1,8 milhões de imigrantes designados 'sonhadores' ('Dreamer') em troca de restrições reforçadas na imigração legal e investimento de 25 mil milhões de dólares no muro com o México.

Dirigentes seniores da Casa Branca revelaram o enquadramento do plano de Donald Trump para a imigração, apresentando-o como um compromisso que pode passar no Senado.

A proposta representa um revés para Trump, que chegou a prometer a eliminação do programa criado durante a presidência do seu antecessor, Barack Obama, que visava proteger os imigrantes entrados no país enquanto crianças e que permaneceram ilegais. Mais tarde insistiu com os congressistas para prolongarem o programa, mas manteve que não admitia conceder a cidadania.

Na quarta-feira, Trump avançou que a cidadania seria concedida "ao longo de um período entre 10 a 12 anos".

Mas os dirigentes da Casa Branca relativizaram que o estatuto legal poderia ser revogado em caso de comportamento criminal ou de ameaças à segurança nacional, além de que a concessão da cidadania iria implicar também requisitos não determinados nas áreas do trabalho e da educação, além de que os imigrantes teriam de ser caracterizados como tendo "um bom caráter moral".

O plano de Trump resultaria ainda na restrição da reunificação familiar, dificultando a entrada a esposas e filhos menores, ao eliminar as disposições que permitem a entrada de pais, irmãos adultos e outros no país. Os dirigentes da Casa Branca falaram sob anonimato.

Trump tinha afastado a possibilidade de concessão da cidadania aos 'sonhadores', ao afirmar em setembro: "Não queremos (dar) a cidadania. Não queremos a amnistia. Estamos a ver como deixar as pessoas ficarem".

Donald Trump tinha admitido que um grupo bipartidário, das duas câmaras do Congresso, definisse um projeto legislativo para a imigração, dizendo que assinaria o resultado final, fosse qual fosse. Mas quando as negociações falharam, em parte devido à controvérsia que se seguiu à utilização de linguagem ordinária por Trump para classificar alguns países, a Casa Branca decidiu avançar com a sua própria proposta.

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  • Horacio
    26 jan, 2018 Lisboa 08:32
    A grande maioria dos sonhadores como são chamadas as crianças que foram trazidas por os pais para os Estados Unidos e se encontram sem status legal no país ,são estudantes e trabalham e pagam impostos no país . Muitos são universitários , enfermeiros ,médicos e alguns são militares .em geral são entre os imigrantes mais desejáveis para qualquer país. Infelizmente o partido republicano depende muito de uns 10% do eleitorado que é radicalmente racista é anti imigrante. como este partido perdeu o apoio das mulheres e das minorias do país alem de uma parte significante dos homens com estudos e os jovens ,dependem muito dos grupos ultra nacionalistas e neo nazis sem eles não conseguem ganhar eleições .e por isso a mais de 20 anos não se consegue uma solução para os 11 milhões de inducomentados que vivem na América .alguns vivem no país a mais de 20 anos tem filhos a estudar nas universidades pagam impostos e mesmo assim não há a possibilidade de se legalizarem . A maioria dos seus filhos são completamente americanizados e sequer falam outro idioma além do inglês. Esta gente e refem de um sistema político que os usa para conseguir votos dos racistas. A realidade é que não vão deportar 11 milhões de pessoas ,seria um desastre económico e moral para o país .mas estão a fazer a vida desta gente um inferno .imaginem a insegurança de um pai ou mãe a saber que podem ser presos a caminho de irem pegar seus filhos na escola .ou a insegurança de jovens que não conhecem outro país.

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