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“Capacetes brancos” comparam bombas em Ghouta a “operação de extermínio”

23 fev, 2018 - 08:49

Sobe para 59 o número de mortos dos bombardeamentos nas últimas 24 horas contra esta região síria, bastião da oposição, nos arredores de Damasco.

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Um porta-voz da Defesa Civil Síria, os chamados “capacetes brancos”, comparou a uma “operação de extermínio” o bombardeamento, pelo regime, de Ghouta Oriental, um bastião rebelde nos arredores de Damasco.

Citado pela Associated Press, Siraj Mahmoud disse que os ataques têm atingido todo o tipo de alvos, incluindo escolas, hospitais, mercados, equipas de salvamento e zonas residenciais.

“Toda a gente sabe que é um extermínio”, disse Mahmoud, numa gravação áudio enviada a vários jornalistas.

Segundo o porta-voz, quatro membros das equipas de busca e salvamento do grupo foram mortos desde que o regime intensificou os bombardeamentos, no domingo à noite.

O Observatório Sírio para os Direitos do Homem subiu para 59 o número de mortos nas últimas 24 horas.

A organização não-governamental, com sede em Londres, refere que os ataques estão a ser coordenados entre a aviação de combate síria e russa e a artilharia de campanha das forças governamentais.

Os dados do observatório especificam que 37 dos 59 mortos são habitantes de Duma, a principal cidade de Ghouta oriental.

As outras zonas que também foram alvo dos bombardeamentos e do fogo de artilharia foram Al Iftris, Arbín, Mesraba, Hamuiya, Otaya, Saqba, Yisrin, Al Hush, Al Nashabie e Hazram.

As ações militares têm-se intensificado tendo-se registado, desde domingo, 416 mortos, entre os quais 96 menores e 61 mulheres.

De acordo com o observatório ficaram feridos 2.116 civis e, pelo menos, uma dezena de centros hospitalares foram atingidos pelos ataques de Damasco.

Na quinta-feira à noite, a Rússia, aliado do governo do Damasco, bloqueou uma resolução das Nações Unidas para estabelecer uma trégua humanitária na Síria.

Moscovo defende a ofensiva governamental contra Ghouta oriental apesar das críticas internacionais.

As imagens do ataque mais mortífero dos últimos três anos na Síria
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  • António Costa
    23 fev, 2018 Cacém 16:57
    Os ataques constantes com carros armadilhados ou suicidas em mercados, hospitais nunca aparecem com este nível de "preocupação". As pessoas que morrem neste tipo de ataques devem ser de 2ªcategoria. Na verdade um único ataque bombista a um mercado seja em Bagdade, em Cabul ou em países africanos como o Chade ultrapassa muitas vezes este número de vitimas. Como se no mínimo alguém tivesse "medo de ofender" os patrocinadores do terrorismo. Contei 5 artigos, aqui na Renascença em que aparecem crianças aterrorizadas quando os territórios controlados pelos grupos anti-Assad são bombardeados. Repetindo-me "...como se os cruéis grupos extremistas islâmicos fossem apenas constituídos por crianças indefesas..." É isso que a mensagem passa....Assad contra as crianças indefesas.

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