27 fev, 2018 - 12:15
Donald Trump afirmou que, se estivesse nas imediações da escola de Parkland (Flórida) quando aconteceu o tiroteio que matou 17 pessoas, teria enfrentado o atirador.
“Acredito que teria entrado na escola mesmo que não tivesse uma arma”, disse aos jornalistas na segunda-feira, após uma reunião com governadores, onde discutiu a segurança nas escolas.
Trump considerou a atuação dos polícias “francamente nojenta” por não terem agido “a tempo”. “A maneira como atuaram foi uma desgraça”, concluiu.
Na mesma conferência de imprensa, o Presidente norte-americano garantiu que, se for necessário, vai lutar contra o poderoso grupo de pressão que se opõe ao controlo da venda de armas – a Associação Nacional da Espingarda (NRA).
No seu entender, as divergências com a NRA podem ser resolvidas facilmente. "E sabem que mais? Se não estão do nosso lado, vamos ter que lutar com eles de vez em quando. Isso não é mau, só estão a fazer o que consideram correto", considera.
A NRA já se opôs a duas das propostas de Donald Trump sobre esta matéria: a de aumentar a idade mínima para comprar uma espingarda semiautomática para 21 anos e a de proibir os dispositivos que se colocam nas culatras das armas para as transformar em semiautomáticas.
Na reunião com os governadores, o Presidente sugeriu ainda o aumento do número de instituições psiquiátricas destinadas a internar pessoas como o autor do tiroteio de Parkland, no estado da Flórida.
Nikolas Cruz entrou na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, no dia 14 de fevereiro, e matou 17 pessoas. É considerado o tiroteio mais sangrento numa escola norte-americana nos últimos cinco anos. E foi o 18º a acontecer só este ano.