16 mar, 2018 - 13:46
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"É altamente provável" que tenha sido o Presidente russo, Vladimir Putin, a ordenar o uso de um agente neurotóxico contra um ex-espião na cidade inglesa de Salisbury, afirmou esta sexta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Boris Johnson.
A 4 de março, o ex-espião duplo de origem russa Serguei Skripal, de 66 anos, e a sua filha Yulia, 33, foram encontrados inconscientes num banco num centro comercial em Salisbury, no sul de Inglaterra, e estão hospitalizados em "estado crítico, mas estável". Ambos foram expostos a um agente neurotóxico conhecido por Novichok.
Dias depois do ataque, numa intervenção no parlamento, a primeira-ministra britânica, Theresa May, considerou "muito provável" que o Kremlin tivesse sido responsável pelo duplo envenenamento.
O MNE britânico, Boris Johnson, foi agora ainda mais longe, culpando diretamente Putin pela autoria do ataque deliberado contra Skripal, em declarações durante uma visita a um museu em Londres.
"O nosso conflito é com o Kremlin de Putin, e com a sua decisão - e pensamos que é altamente provável que tenha sido ele a decidir o uso de agente neurológico nas ruas do Reino Unido, nas ruas da Europa, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial", disse o chefe da diplomacia britânica.
Por outro lado, Boris Johnson publicou esta sexta-feira um artigo no jornal francês “Le Parisien”, no qual considera que há "uma relação direta" entre o apoio que Putin dá ao regime sírio e o envenenamento de Skripal.
Johnson diz que se trata de "uma demonstração adicional do comportamento perigoso do Presidente Putin".
"Há uma relação direta entre a indulgência manifestada por Putin para com as atrocidades perpetradas por Baschar Al-Assad na Síria e o facto de o Estado russo não ter tido dúvidas em usar uma arma química em território britânico", escreveu o MNE britânico no “Le Parisien”.
Boris Johnson também revela ter poucas dúvidas sobre a autoria do ataque contra Skripal, argumentando que o Novichok foi desenvolvido por cientistas russos a partir dos anos 1970, mas também que a Rússia é o único país que tem "um largo historial de assassínios por conta