21 mar, 2018 - 15:27
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O administrador executivo e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, vai, finalmente, falar sobre o caso do uso de dados da sua rede social pela empresa de consultoria Cambridge Analytica.
De acordo com a edição digital da revista “Fortune”, que cita fontes próximas do líder do Facebook, Zuckerberg planeia vir a público abordar a questão nas próximas 24 horas para esclarecer que papel a empresa teve no processo.
Mark Zuckerberg tem estado em silêncio desde que um ex-funcionário da Cambridge Analytica revelou ao Observer e ao New York Times que a empresa usou os dados de 50 milhões de utilizadores da rede social Facebook para criar o seu modelo para influenciar as eleições norte-americanas.
Vários sites da especialidade dão conta que o líder da Facebook, bem como Sheryl Sandberg, do núcleo duro da liderança da empresa, não compareceram à sessão de esclarecimentos com os funcionários para explicar o papel que a empresa teve nas eleições de 2016. A reunião terá sido conduzida pelo advogado da empresa, Paul Grewal, à semelhança do que aconteceu quando vieram a público as primeiras notícias sobre o uso da plataforma para influenciar as eleições por agentes com ligações ao Kremlin.
“Marl, Sheryl e a sua equipa estão a trabalhar contra o tempo para conseguir apurar todos os factos e fazer o que se impõe, uma vez que percebem o quão sério é este problema. A empresa toda está revoltada por termos sido enganados. Estamos empenhados em proteger os dados das pessoas e tomaremos todas as decisões necessárias para que isso aconteça”, disse um porta-voz do Facebook ao “Daily Beast”, quando confrontado com a ausência do CEO.
O silêncio de Zuckerberg tem sido classificado por alguns analistas do sector como “ensurdecedor”. O parlamento britânico e o Parlamento Europeu já anunciaram que que querem ouvir o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg. Para além dos danos na imagem da rede social, o caso também já trouxe consequências financeiras à empresa. De acordo com a Bloomberg, a empresa de Zuckerberg tinha perdido, na terça-feira, mais de 49,8 mil milhões de euros em valor de mercado.