26 mar, 2018 - 20:40
A rede social Facebook está envolvida em mais uma polémica. Um utilizador na Nova Zelândia apercebeu-se, há dias, que a empresa tinha os dados de todas as suas chamadas e mensagens escritas enviadas a partir do seu telemóvel, incluindo as que não tinham sido feitas através de aplicações do grupo, como o Messenger. Tudo o que fica gravado é o registo da chamada ou mensagem, se foi efetuada ou recebida, com quem foi e a duração. A própria conversa ou conteúdo da mensagem não são gravados.
Dylan McKay fez um tweet sobre este facto, que se tornou viral e levou muitos outros utilizadores a investigar e aperceberem-se do mesmo.
A notícia surge numa altura em que o Facebook está sob ataque cerrado nas redes sociais e não só, com políticos e até tribunais a pedir esclarecimentos sobre a obtenção e proteção de dados privados dos utilizadores.
O principal caso envolve a empresa Cambridge Analytica, que admitiu ter obtido ilegalmente dados privados de milhões de utilizadores que depois foram usados em campanhas políticas.
A mais recente polémica manteve vivo o hashtag #deletefacebook nas redes sociais. O fundador da empresa, Mark Zuckerberg, pôs fim a uma semana de silêncio com um post na sua própria conta do Facebook, pedindo desculpa pela “violação da confiança” dos utilizadores e prometendo tomar medidas para ajustar a situação e emendar os erros.
No caso da gravação de registos de chamadas, o Facebook reconheceu que isso é feito, mas alega que os utilizadores aceitam a partilha dessa informação com a empresa quando instalam as aplicações. A empresa explica ainda que qualquer utilizador pode aceder à informação que é armazenada pelo Facebook e apagá-la, se assim desejar.
O registo deste tipo de informação pode ser usado para direcionar publicidade ou pela própria rede social para melhorar as recomendações de amigos que faz, ou a ordem pela qual aparecem as publicações dos contactos.