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Rússia chama embaixadores ocidentais por causa do caso Skripal e começa a expulsar diplomatas

30 mar, 2018 - 12:40

A tentativa de homicídio do ex-espião russo Sergei Skripal continua a alimentar um conflito diplomático sem paralelo na história recente das relações entre o Ocidente e a Rússia.

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Cronologia interativa: O que sabemos sobre o caso Skripal


O Governo russo convocou esta sexta-feira para o Ministério dos Negócios Estrangeiros todos os embaixadores de países que “tomaram passos pouco amistosos” para com o país, no contexto do “caso Skripal”.

Jornalistas da Reuters presentes à porta do Ministério têm relatado a chegada de dezenas de embaixadores, incluindo do Reino Unido, França, Austrália, Suécia, Croácia, Bélgica, República Checa, Ucrânia, Holanda, Itália e Alemanha, entre outros.

A reunião de emergência serve para Moscovo explicar como pretende retaliar à expulsão desses países de mais de uma centena de diplomatas russos. A embaixadora holandesa já confirmou, à saída da sua audiência, que dois diplomatas holandeses serão expulsos da Rússia. Trata-se do mesmo número de russos expulsos por Amesterdão. O padrão repetiu-se ao longo da tarde de sexta-feira com todos os outros países que foram chamados.

Ao embaixador do Reino Unido, país que já viu 23 diplomatas serem expulsos de Moscovo, Sergei Lavrov, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, entregou uma nota oficial de protesto e informou que vai reduzir a presença diplomática em Londres ao estatuto de "missão". O Reino Unido reagiu, lamentando a decisão e reafirmando que a Rússia está em violação do direito internacional.

Na quinta-feira a Rússia já tinha anunciado a expulsão de sessenta diplomatas americanos, respondendo assim na mesma medida à ação de Washington, uma medida que a Casa Branca acolheu sem surpresa.

O conflito diplomático entre a Rússia e o Reino Unido, que entretanto se expandiu para abranger dezenas de países aliados de Londres, começou com o envenenamento, com um agente nervoso, do ex-espião russo Sergei Skripal e a sua filha, Yulia, em Inglaterra no dia 4 de março.

Londres acusa Moscovo de estar por detrás da tentativa de homicídio e expulsou 23 diplomatas russos. Cerca de 30 países seguiram o exemplo, em solidariedade. Portugal absteve-se de expulsar diplomatas, mas chamou a Lisboa o embaixador na Rússia. Moscovo nega as acusações.

[Notícia atualizada às 14h22]

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