Lula da Silva diz que não se entrega à polícia de Curitiba

O ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, disse ao jornal "Folha de São Paulo" que não se vai entregar esta sexta-feira à polícia de Curitiba.

Segundo o jornal brasileiro, que descreve uma "rápida conversa telefónica" com o líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Lula da Silva garantiu que a sua decisão é não cumprir a ordem do juiz Sérgio Moro de se entregar às autoridades até às 17h00 locais (21h00 em Portugal Continental).

Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, acrescentou ao jornal que uma viagem do ex-presidente a Curitiba colocaria "dificuldades de logística e de segurança, especialmente depois da decisão de Moro bloquear as contas" do ex-presidente.

Fonte do Partido Trabalhista, citada pela "Sic Notícias", confirma a informação do Folha de São Paulo e garante que o ex-presidente não se entregará esta sexta-feira à Polícia Federal.

Resta agora saber se o ex-presidente não se entrega às autoridades esta sexta-feira ou se tomou a decisão definitiva de se não apresentar às autoridades.

Lula da Silva apresentou também esta sexta-feira um novo pedido de "habeas corpus" ao Supremo Tribunal de Justiça. De acordo com a defesa do líder do PT, há ainda recursos a serem apresentados, pelo que, de acordo com a tese da defesa, o ex-presidente não pode começar a cumprir a pena sem que sejam analisados esses recursos.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão (por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no chamado caso triplex) e ontem o Supremo Tribunal Federal chumbou o primeiro pedido de "habeas corpus".

Lula passou a noite na sede dos Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, com lideranças do PT. Centenas de manifestantes reuniram-se em frente ao sindicado em solidariedade com o ex-presidente.