09 abr, 2018 - 22:05
Uma conversa entre a torre de controlo do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o avião que transportou o avião do ex-presidente Lula da Silva para Curitiba, no passado sábado, para onde foi transferido depois de se apresentar à Polícia Federal, está a causar polémica. Na gravação ouve-se alguém que diz "manda esse lixo janela abaixo".
No som que circula na Internet percebe-se que não é nem o controlador áereo, nem o piloto a dizer a frase que está a incendiar a opinião pública.
Em nota à comunicação social, a Força Aérea do Brasil confirma que "os dois áudios recentes envolvendo comunicações aeronáuticas e contendo comentários externos são verdadeiros", ocorrendo nas torres de Congonhas, em São Paulo, e de Bacacheri, em Curitiba.
Segundo o comunicado, as referências a Lula "não foram emitidas por controladores de voo".
Segundo o site da “Globo”, a intromissão pode eventualmente configurar crime ou infração administrativa, prevista no Código Brasileiro da Aeronáutica, que regulamenta o tráfego aéreo do país.
"Manda esse lixo janela abaixo" é dito por uma voz não identificada na frequência de rádio, que é repreendida por outras duas pessoas, uma das quais se identifica como da torre de Bacacheri, avança o mesmo meio de comunicação social.
A intromissão pode eventualmente configurar crime ou infração
administrativa, prevista no Código Brasileiro da Aeronáutica, que regulamenta o
tráfego aéreo do país.
Especialistas aeronáuticos ouvidos pelo canal G1 acreditam ser difícil conseguir descobrir de onde partiu a interferência à frequência de rádio usada pela torre de controle.
O ex-Presidente entrou na noite de sábado (já madrugada de domingo em Lisboa) na sede da Polícia Federal de Curitiba, onde vai ficar preso para cumprir uma pena de 12 anos e um mês de prisão.
Luiz Inácio Lula da Silva, de 72 anos, foi o 35.º Presidente do Brasil (2003-2011) e é o primeiro ex-chefe de Estado condenado por um crime comum.
Foi considerado culpado do crime de corrupção e branqueamento de capitais, por ter alegadamente recebido um apartamento de luxo na cidade do litoral do Guarujá como suborno da construtora OAS, uma das empresas envolvidas nos escândalos da Operação Lava Jato.