26 abr, 2018 - 12:31
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A Comissão Europeia apresentou esta quinta-feira um conjunto de 20 recomendações que inclui o desenvolvimento e aplicação de planos de vacinação ao nível nacional e/ou regional até 2020 e uma meta mínima de cobertura da vacinação contra o sarampo de 95%.
A proposta centra-se em três grandes pilares de ação: 1. combater a hesitação em vacinar e melhorar a cobertura vacinal; 2. políticas de vacinação sustentáveis na UE; e 3. coordenação e contribuição da UE para a saúde mundial.
Bruxelas apela à realização de 20 ações, quer por parte da própria Comissão quer dos Estados-membros. Entre elas:
Isto, além dos planos de vacinação até 2020 e da meta para o sarampo.
De acordo com os dados mais recentes recolhidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, os casos de sarampo continuam a aumentar em alguns países da UE, nomeadamente em Portugal, e do Espaço Económico Europeu.
Entre 1 de março de 2017 e 28 de fevereiro de 2018 (12 meses), foram comunicados 14.813 casos de sarampo pelo Sistema Europeu de Vigilância, dos quais 86% não tinham sido vacinados.
O Centro Europeu estima ainda que, todos os anos, morrem pelo menos 40 mil pessoas de gripe, em parte devido à baixa cobertura vacinal.
Um dos instrumentos mais poderosos
“A vacinação é uma das medidas de saúde pública mais poderosas e eficazes em termos de custos desenvolvidas no século XX. Como médico, é desanimador ver crianças a morrer devido à fraca adesão à vacinação, à hesitação em vacinar ou à escassez de vacinas”, refere o comissário Saúde e Segurança dos Alimentos no comunicado enviado às redações.
“As doenças infecciosas não estão confinadas às fronteiras nacionais. A falta de imunização num Estado-membro coloca em risco a saúde e a segurança dos cidadãos em toda a UE. A cooperação neste domínio é do interesse de todos. Protejamos os nossos filhos, vacinemo-los!”, apelou ainda Vytenis Andriukaitis.
O mesmo comunicado destaca que a vacinação salva entre 1 e 3 milhões de vidas por ano em todo o mundo e, segundo a Organização Mundial da Saúde, as vacinas salvarão mais 25 milhões de vidas na próxima década.
Mas a insuficiente cobertura vacinal tem provocado, em vários países da EU, surtos de sarampo sem precedentes e um reaparecimento de outras doenças que podem ser prevenidas pelas vacinas, pelo que continuam a morrer crianças e adultos na UE devido a estas doenças, lê-se ainda no documento.