27 abr, 2018 - 07:15
Já foi retomado o histórico encontro entre os líderes da Coreia do Norte e do Sul. O encontro entre os dois começou às 9h30, hora local, 1h30 em Portugal. Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, e Moon Jae-in, Presidente da Coreia do Sul, cumprimentaram-se com um aperto de mão na zona desmilitarizada entre os dois países. Foi interrompido para almoço, uma refeição que os líderes tomaram em separado, cada um no seu país. Após o almoço, estiveram a conversar ao ar livre, num passadiço azul e regressaram depois à sala de reuniões.
No arranque do encontr, de manhã, de acordo com a agência de notícias France Press, o líder do regime de Pyongyang saudou o acontecimento escrevendo no livro de honra, nas instalações onde decorre o encontro, que começa agora uma nova era, um ponto de partida da história e de uma era de paz.
Já a agência Associated Press avança que Kim Jong-un disse a Moon Jae-in que não iria repetir o passado onde as duas partes se mostraram incapazes de alcançar acordos.
Nesta altura estas são as primeiras informações sobre declarações de ambos os líderes.
No primeiro encontro dos dois coreanos, as imagens transmitidas em direto pelas televisões noticiosas internacionais vê-se que o aperto de mão deu-se em cima da linha que separa os dois países, com ambos os líderes sorridentes e com o presidente da Coreia do Sul a dizer ao seu homólogo do norte: "estou feliz por o ver".
De seguida Kim Jong-un deu um passo em frente e entrou em território sul-coreano, tendo de imediato convidado Moon Jae-in a saltar consigo a fronteira e pisar solo norte-coreano, novamente sob aplausos dos presentes.
Após o cumprimento, acompanhado por aplausos pelas comitivas dos dois líderes, Kim Jong-un recebeu um ramo de flores das mãos de duas crianças e seguiu, ao lado de Moon Jae-in, para uma guarda de honra.
Este encontro é o primeiro entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul desde 2007. As expectativas é que os dois líderes vão focar-se nas recentes sugestões do regime de Pyongyang de que poderia estar disposto a abandonar o seu programa de armas nucleares. No entanto, Seul já avisou que seria “difícil” chegar a um acordo neste ponto, uma vez que a tecnologia nuclear e de mísseis da Coreia do Norte avançou muito desde a última vez que os dois lados falaram.
Além do dossier nuclear, o encontro servirá também para discutir um caminho para a paz na península, de modo a encerrar formalmente a Guerra da Coreia, que decorreu entre 1950 e 1953, e uma série de questões económicas e sociais.
[notícia atualizada às 9h28]