08 mai, 2018 - 15:27
Pelo menos 17 pessoas com sintomas de estarem infetadas com o vírus ébola morreram na República Democrática do Congo, avançou esta terça-feira o Ministério da Saúde.
Até agora, há 21 casos suspeitos de febre hemorrágica e, destes, 17 doentes acabaram por morrer, na zona da cidade de Bikoro, no noroeste do país.
“O nosso país está a enfrentar outra epidemia do vírus ébola, que representa uma emergência de saúde pública internacional”, declarou em comunicado o Ministério da Saúde da República Democrática do Congo.
“Vamos mobilizar os nossos recursos humanos bem preparados que conseguiram controlar rapidamente anteriores epidemias”, adiantam as autoridades.
Médicos apoiados pela Organização Mundial de Saúde e pela organização Médicos Sem Fronteiras foram enviadas para a região, no sábado. Recolheram cinco amostras de pacientes e foram confirmados laboratorialmente dois casos de ébola.
O ébola é um vírus extremamente perigoso e contagioso que provoca febre hemorrágica.
A velocidade a que se transmite o vírus e o longo período de incubação tornam o ébola uma doença muito difícil de controlar. Natural de África, com particular incidência na África ocidental, o vírus já afetou várias vezes o Congo e um surto que começou em maio de 2017 apenas foi dado como extinto em julho do mesmo ano. Nesse surto morreram apenas quatro pessoas.
O pior surto registado até à data foi a que atingiu o Congo, Guiné, Libéria e Serra Leoa entre 2013 e 2016, que infetou 29 mil pessoas e deixou mais de 11.300 mortos. Houve, inclusivamente, casos na Europa, quando dois missionários espanhóis foram trazidos de África depois de terem contraído a doença e acabaram por infetar uma auxiliar de enfermagem que os tratou. A República Democrática do Congo confirmou a existência de dois casos de ébola, um vírus extremamente perigoso e contagioso que provoca febre hemorrágica.
[notícia atualizada às 18h39 - 17 mortos confirmados]