10 mai, 2018 - 08:12
Já estão em solo americano os três cidadãos norte-americanos que estavam presos na Coreia do Norte. Aterraram esta quinta-feira numa base militar perto de Washington e foram recebidos por Donald Trump e pela primeira-dama, Melania.
Os três homens estavam detidos pela Coreia do Norte e acusados de ações contra o país. Foram libertados durante uma visita do secretário de Estado americano a Pyongyang e viajaram com Mike Pompeo para os Estados Unidos.
“É uma noite especial para estas três pessoas fantásticas”, disse o presidente norte-americano, que já tinha considerado a libertação dos três homens "um gesto positivo e de boa vontade" do regime norte-coreano. A libertação acontece semanas antes de uma cimeira histórica entre os líderes dos dois países, que deve realizar-se em meados de junho, em Singapura.
Um missionário e dois professores
Os três homens têm nacionalidade americana, mas são de ascendência coreana. São cristãos e trabalhavam com organizações que faziam trabalho humanitário na Coreia do Norte.
Kim Dong-chul, de 64 anos, nasceu na Coreia do Sul, mas tem nacionalidade norte-americana. É empresário, pastor e missionário. Foi detido em 2015, na Coreia do Norte, por subversão e espionagem. No ano seguinte, foi condenado a dez anos de trabalhos forçados.
Kim Hak-Song trabalhava num projeto de desenvolvimento agrícola, numa quinta experimental gerida pela Universidade de Ciências e Tecnologia de Pyongyang. Foi detido em maio de 2017, por alegadas atividades contra o estado
Kim Sang-Duk, de 59 anos anos, também conhecido como Tony Kim, foi detido no aeroporto de Pyongyang, em abril do ano passado. Tal como Kim Hak-Song, trabalhava para a Universidade de Ciências e Tecnologia de Pyongyang, onde lecionava contabilidade. Foi acusado de cometer atos criminosos não especificados que se destinavam a derrubar o governo norte-coreano.
Os três cidadãos agora libertados tiveram assim mais sorte que Otto Warmbier, um estudante norte-americano que foi preso por ter roubado um cartaz de propaganda do hotel onde estava instalado e que foi libertado em 2017, em muito mau estado de saúde. O jovem chegou aos Estados Unidos em coma e morreu seis dias depois.