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Portugal lamenta vítimas em Gaza e apela à contenção

14 mai, 2018 - 21:51

"Sem colocar em causa o direito de autodefesa de Israel, o princípio da proporcionalidade pelo uso da força deve ser respeitado, assim como o direito a protestar pacificamente", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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Jerusalém. Protesto contra mudança da embaixada dos EUA provoca mais de 20 mortos em Gaza
Jerusalém. Protesto contra mudança da embaixada dos EUA provoca dezenas de mortos

Portugal lamenta as dezenas de mortos e centenas de feridos ocorridos na faixa de Gaza e apela à contenção das partes envolvidas, refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"Sem colocar em causa o direito de autodefesa de Israel, o princípio da proporcionalidade pelo uso da força deve ser respeitado, assim como o direito a protestar pacificamente", acrescenta o comunicado do MNE.

O Governo português vê ainda "com grande alarme" a escalada da violência em Gaza e lamenta os incidentes de hoje, que vitimaram pelo menos 52 pessoas e causaram centenas de feridos e que aumentam o já elevado número de vítimas registado durante os protestos palestinianos das últimas semanas.

"Estes trágicos eventos colocam em evidência, uma vez mais, a insustentabilidade da situação em Gaza e a urgência de criar condições para a retoma de negociações, visando uma solução que leve à criação de dois Estados, assente na coexistência, em paz e segurança, de Israel e da Palestina, e que defina o estatuto final de Jerusalém", conclui o documento.

Cinquenta e dois palestinianos foram hoje mortos na Faixa de Gaza por soldados israelitas na fronteira, onde dezenas de milhares protestavam contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos em Israel, indicou o Ministério da Saúde local.

De acordo com um novo balanço, estas mortes elevam para 106 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de março, de um movimento de contestação em massa, e fazem também de hoje o dia do conflito israelo-palestiniano com mais mortes desde a guerra do verão de 2014 no enclave palestiniano.

Entre os 52 civis palestinianos hoje abatidos a tiro pelo Exército israelita, contavam-se "oito crianças com menos de 16 anos", afirmou o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, em conferência de imprensa, acrescentando que "mais de 2.000 palestinianos ficaram feridos" durante os protestos.

A Faixa de Gaza é palco de confrontos desde o final da manhã, com os palestinianos a manifestarem-se contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos, que ocorreu hoje à tarde na Cidade Santa.

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