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​Venezuela expulsa altos representantes dos EUA

22 mai, 2018 - 23:18

Encarregado de negócios e o chefe de secção política regressam a Washington. Presidente Maduro diz ter provas de uma "conspiração no campo militar, económico e político".

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O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou esta terça-feira que ordenou a expulsão do encarregado de negócios e do chefe da secção política da embaixada dos Estados Unidos em Caracas, Todd Robinson e Brian Naranjo, respetivamente.

Os dois diplomatas têm 48 horas para sair da Venezuela.

Nicolás Maduro falava em Caracas, na sede do Conselho Nacional Eleitoral, onde foi proclamado Presidente da Venezuela para o período 2019-2015.

"Devem ir (embora) do país, em 48 horas. Em defesa da dignidade venezuelana. Já basta, que vão. Não querem entender que a Venezuela é livre", disse.

O Presidente da Venezuela anunciou ainda que nos próximos dias apresentará as provas "da conspiração no campo militar, económico e político, do encarregado de negócios dos EUA e da sua embaixada".

"Era um conspirador ativo, abusando, violando a lei internacional de maneira descarada (...) mais de 10 notas de protesto foram entregues para exigir retificação", frisou.

Por outro lado, referiu-se às sanções anunciadas segunda-feira por Washington contra o seu país e denunciou que a Venezuela é vítima de uma ameaça nunca antes vista.

"Eu digo ao Governo de Donald Trump, do Ku Klux Klan, que nem com sanções, nem com ameaças, nem com conspirações, travaram as eleições, que decorreram de forma bem-sucedida (...) e que não deterão a Venezuela", frisou.

Nicolás Maduro disse ainda que tem sido "o Presidente mais ameaçado e agredido da história da Venezuela".

"E, aqui estou em pé, seguro do destino da nossa pátria (...) aqui ninguém se rende ninguém. A Venezuela é livre, soberana e independente", vincou.

Antes, num comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, o Governo venezuelano acusou os EUA de intensificarem o que classificou como "criminoso bloqueio financeiro e económico" contra a Venezuela, um dia depois de Donald Trump assinar uma ordem executiva limitando a capacidade das autoridades de Caracas para vender dívida e ativos públicos.

O Presidente Nicolás Maduro venceu, oficialmente, as eleições presidenciais antecipadas de domingo com 5.823.728 votos (67,7%).

O dissidente do regime Henri Falcon obteve 1.820.552 votos, o pastor evangélico Javier Bertucci obteve 925.042 e o engenheiro Reinaldo Quijada totalizou 34.6714 votos, indicou o CNE.

De acordo com o CNE foram registados 8.603.936 votos válidos, que correspondem a uma participação de 46% dos 20.527.571 eleitores inscritos.

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  • Anónimo
    23 mai, 2018 13:52
    Afonso: na Venezuela há eleições e até ganha quem tem mais votos, ao contrário do que acontece nos EUA. Perdeu uma boa oportunidade para estar calado.
  • Afonso
    23 mai, 2018 S. Mamede 10:00
    Então o que dizem o BE e o PCP desta bela democracia? Na realidade, é uma democracia igual àquela que a esquerdalha quer implentar em Portugal. Falta pouco, é só mais uma legislatura, se lá chegarmos... Com un bocadinho de azar ainda vamos parar ao hospital e somos atendidos pelo Dr. Eutanásio...

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