03 jun, 2018 - 22:41
O novo ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, de extrema-direita, defende que Itália não pode ser o "campo de refugiados" da Europa.
"A Itália e a Sícilia não podem ser o campo de refugiados da Europa", insistiu o líder da Liga, partido que, juntamente com o Movimento 5 Estrelas (M5S), apoiam o Governo liderado por Giuseppe Conte.
"Os bons tempos para os clandestinos chegaram ao fim: preparem-se para fazer as malas", avisou Matteo Salvini, considerando que o novo Governo de Itália "não tem uma posição de força" contra a imigração, "mas sim de bom senso".
O novo ministro falava em frente ao centro de receção de migrantes de Pozzallo, um porto na ponta sul da Sicília.
Pozzallo está na linha de frente do apoio a migrantes: é principalmente neste porto e nos do leste da Sicília (Augusta, Catania, Messina) que os navios militares e humanitários com migrantes resgatados ao largo da costa da Líbia chegam.
Matteo Salvini não estará na reunião dos ministros da Administração Interna da União Europeia, estando prevista a aprovação da moção de confiança ao Governo italiano, mas também já anunciou que se vai opor à reforma em curso, que considera "condenar" os países do Mediterrâneo.
Segundo a ONU, mais de 600 mil migrantes chegaram a Itália nos últimos cinco anos, mas os desembarques diminuíram 70% em 2017.