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Eurodeputados pedem vontade política para resolver crise de migrantes

12 jun, 2018 - 14:31

Parlamento Europeu esteve a debater o caso dos mais de 600 migrantes a bordo do navio humanitário "Aquarius" que foram impedidos de desembarcar em Itália e Malta.

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O Parlamento Europeu (PE) pediu esta terça-feira aos líderes da União Europeia (UE) que demonstrem "vontade política" de encontrar "soluções verdadeiras" que ponham fim à crise das migrações.

Num debate com a Comissão Europeia e o Conselho da UE sobre a cimeira de 28 e 29 de junho, os principais grupos políticos do PE pediram que os líderes europeus concluam as discussões e comecem a trabalhar num acordo sobre o regulamento de Dublin, que estabelece as regras para acolhimento de requerentes de asilo.

O PE defendeu, ainda, que o próximo Conselho Europeu, no final do mês, será crucial para definir as políticas de migração do bloco, havendo grupos políticos que defendem a criação de novos centros de acolhimento de migrantes e outros que consideram que o sistema quotas de acolhimento de refugiados obrigatórias para todos os Estados-membros nunca funcionará.

Em debate hoje esteve o caso dos mais de 600 migrantes que seguiam a bordo do navio "Aquarius" e que foram impedidos de desembarcar em Itália e Malta pelos respetivos governos dos dois países. Espanha ofereceu um dos seus portos para que o barco humanitário atracasse na segunda-feira, com o Governo de Pedro Sánchez a dizer-se disponível para acolher até 100 dessas pessoas.

O presidente do PE, Antoni Tajani, reiterou que os eurodeputados já adotaram uma posição clara sobre esta matéria, posição essa que tem por base a solidariedade.

O sistema de asilo na União Europeia é regido pelo regulamento de Dublin, que estabelece que o primeiro país da UE em que um migrante ou refugiado dá entrada é o país onde deve candidatar-se a asilo.

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