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Cimeira EUA/Coreia

Trump descreve “ligação especial” após assinar declaração com Kim Jong-Un

12 jun, 2018 - 06:16

Encontro entre os dois líderes começou com um aperto de mão e terminou com uma palmada nas costas. Declaração prevê a desnuclearização total da península coreana.

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Do aperto de mão à palmada nas costas. As imagens do encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un
Do aperto de mão à palmada nas costas. As imagens do encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un

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O Presidente dos Estados Unidos e o seu homólogo norte-coreano assinaram esta terça-feira de manhã uma declaração conjunta. “Conseguimos o que nunca ninguém esperou”, afirmou Donald Trump.

Assim terminou a cimeira de Singapura entre Estados Unidos e Coreia do Norte. O teor da declaração conjunta assinada ainda não é totalmente conhecido, mas Donald Trump avança que o documento marca uma nova era na relação entre os dois países e anunciou que para breve o fim do programa nuclear norte-coreano.

“Vamos assinar um documento muito importante, muito abrangente. Tivemos um bom encontro, ótima relação. Sentimo-nos muito honrados por poder assinar este documento”, anunciou Donald Trump.

Questionado sobre se os dois chegaram a um entendimento sobre a desnuclearização, o Presidente norte-americano respondeu: “Vamos começar esse processo rapidamente, rapidamente”.


Depois da assinatura da declaração, Trump agradeceu a Kim Jong-un e a toda a equipa de negociação. Kim Jong-un afirmou que “o passado ficou para trás” e garantiu que o mundo vai assistir a uma grande mudança.

O Presidente norte-americano respondeu a dizer que existe agora “uma ligação especial” entre os dois países e agradeceu “ao Kim”: “Passámos muito tempo juntos, um tempo intenso. Conseguimos o que nunca ninguém esperou”.


“Estamos muito orgulhosos com o que aconteceu aqui hoje. A nossa relação vai ser muito diferente do que tem sido. As pessoas vão ficar muito impressionadas, muito contentes”, afirmou, para depois confirmar as palavras do seu homólogo.

“Penso que a nossa relação com a Coreia do Norte e toda a península coreana vai ser muito diferente da do passado. Ambos queríamos fazer alguma coisa e ambos fizemos. E criámos uma ligação especial”, disse.

Questionado sobre um eventual convite a Kim Jong-un para visitar a Casa Branca, Trump respondeu: “Absolutamente que sim!”.

Os dois líderes apertaram as mãos e Trump deu uma palmada nas costas a Kim Jong-un – um gesto que se voltou a repetir mais tarde também da parte do líder norte-coreano.

Antes, Trump falou aos jornalistas, aos quais se mostrou se muito satisfeito com a conversa com o seu homólogo norte-coreano.

“Encontro fantástico. Muitos progressos. Muito positivo. Melhor do que qualquer pessoa poderia esperar. Foi do melhor. Muito bom”, afirmou aos jornalistas, em Singapura.

Trump indicou depois que os dois líderes iriam assinar um acordo: “Vamos agora assinar”.

A cimeira histórica Trump/Kim Jong-Un começou com um aperto de mão entre o Presidente dos Estados Unidos e o líder da Coreia do Norte. Seguiu-se um encontro a dois, só com tradutores, e depois uma reunião aberta às respetivas equipas de negociadores. Pelo meio, uma pausa para almoço.

Em cima da mesa nesta cimeira está um mecanismo de paz permanente e a retirada de armas nucleares da península coreana.

Mas, afinal, o que diz a declaração conjunta?

O documento assinado esta terça-feira pelos Presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte prevê a desnuclearização total da península coreana e uma nova era nas relações entre os dois países.

É o que revelam as fotografias existentes do documento, tiradas na altura em que Donald Trump o mostra aos jornalistas, depois das assinaturas.

Em contrapartida, o Presidente norte-americano compromete-se a “providenciar garantias de segurança” à Coreia do Norte.

"O Presidente Trump comprometeu-se a dar garantias de segurança à República Popular da Coreia do Norte e o Presidente Kim Jung-un reafirmou o compromisso firme e inabalável de completar a desnuclearização da península coreana", lê-se na declaração conjunta.

Ao nível político, Washington e Pyongyang definem o objetivo de encetar relações diplomáticas "de acordo com o desejo de paz e prosperidade dos povos dos dois países" e de "unir esforços para construir um regime duradouro, estável e pacífico" naquela península.

Os dois líderes ter-se-ão comprometido ainda a recuperar os prisioneiros de guerra ou militares desaparecidos em combate, bem como a "imediata repatriação" dos que já foram identificados.

No final da cerimónia da assinatura, Donald Trump anunciou uma conferência de imprensa ainda para hoje. Espera-se que possa então dar mais detalhes sobre o documento assinado.

A completa desnuclearização da península coreana já tinha sido prometida na declaração de Panmunjom, a 27 de abril de 2018, no encontro entre os dois líderes coreanos, Kim Jong-un e Moon Jae-in, junto à fronteira entre as duas Coreias. Não ficaram, contudo, definidos os pormenores de tal processo.

Comentários
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  • MASQUEGRACINHA
    12 jun, 2018 TERRADOMEIO 16:39
    Isto está a ficar cada vez mais parecido com o Eixo de fresca e péssima memória, estas "ligações especiais" tipo Hitler e Mussolini não auguram nada de bom... Ao que o mundo chegou, ou voltou. Este par de "amigalhaços" têm ambos armas nucleares, e partilham um apetite pelo poder e uma desumanidade intrínseca que torna tudo bastante assustador.
  • Rui
    12 jun, 2018 Lisboa 11:18
    E aqui está a supresa...
  • Atento
    12 jun, 2018 Leça da Palmeira, Matosinhos 09:46
    ... e agora o que dirão os "profetas da desgraça" do "MALUQUINHO" Trump ???
  • Lionel
    12 jun, 2018 Lisboa 09:44
    A velha America (Estados Unidos) que defendia os valores da democracia morreu. A nova, defende, protege e valoriza paises com um unico partido. Foi a China, a Coreia do Norte.... agora a proxima cimeira, se calhar, vai ser com a Eritreia...... ele concerteza vai ter uma relação especial com Isaias Afewerki.... isto parece mais um conto de Stephen King do que a realidade

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