Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

EUA/Coreia do Norte

Trump diz que se acabaram os jogos de guerra. “São muito dispendiosos"

12 jun, 2018 - 11:39 • Marta Grosso

O Presidente dos Estados Unidos explicou aos jornalistas o acordo alcançado na Cimeira de Singapura com o líder norte-coreano.

A+ / A-

Veja também:


Donald Trump está convencido de que o processo de desnuclearização vai começar de imediato e que Kim Jong-un está totalmente comprometido com a declaração assinada por ambos esta terça-feira.

Numa conferência de Singapura, depois da cimeira com o seu homólogo norte-coreano, o Presidente dos Estados Unidos afirmou que “o conflito de ontem não tem de ser a guerra de amanhã” e que os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul vão parar.

“Seria inapropriado ter jogos de guerra” quando estamos a fazer um acordo, defendeu. Além disso, estes jogos “são tremendamente dispendiosos. Vamos poupar muito dinheiro e eles vão apreciar” a nossa atitude, acrescentou.

“Penso que o encontro foi bom para os Estados Unidos e a Coreia do Norte”, afirmou Donald Trump.

Há anos que os Estados Unidos levam a cabo exercícios militares em conjunto com a Coreia do Sul como medida de intimidação. “A Coreia do Sul contribui [financeiramente para os exercícios], mas não o suficiente e vamos ter de falar com eles sobre isso”, acrescentou, dizendo ainda: “Temos de falar com muitos países sobre tratar-nos de uma forma justa”.

Esta pode ter sido a grande surpresa da conferência de imprensa do Presidente dos EUA, uma vez que a medida não faz parte da declaração conjunta assinada no final da cimeira.

Do lado contrário, notou Trump, “há sete meses” que não há testes balísticos.

O Presidente norte-americano diz que gostaria de trazer os soldados que ainda estão na Coreia do Sul, mas que agora este ponto “ainda não faz parte da equação”. “Espero que venha a fazer parte, mas não agora. Vamos parar os exercícios militares, o que nos vai poupar muito muito dinheiro”, rematou.

Donald Trump reconheceu que o arsenal militar da Coreia do Norte “é muito extenso”.

“Eles têm um sistema de teste de mísseis imenso e estou muito contente com os pontos do acordo” alcançado hoje. “Eu acredito que [Kim Jong-un] vá mesmo fazer isto”, afirmou, admitindo que, “daqui a seis meses” poderá estar errado na sua convicção.

“Acredito mesmo que ele fará o que prometeu”, afirmou mais do que uma vez.

“Vamos salvar milhões de vidas” e “farei tudo para acabar com a guerra”, garantiu ainda o Presidente norte-americano, criticando os seus antecessores – “não estou só a falar de Obama” – porque “isto já deveria ter sido feito há muitos anos, quando não nos tínhamos de preocupar com o sucesso ou não da cimeira”.

E as sanções, também acabam?

Não para já. “As sanções acabam com quando tivermos a certeza de que as armas nucleares deixarem de representar perigo”, afirmou Donald Trump.

“Eu tenho estudado e lido muito sobre esta questão. E demora muito tempo a completar a total desnuclearização. Demora mesmo muito tempo. Do ponto de vista científico, é preciso esperar um período determinado e muitas coisas acontecem”, reconheceu.

E logo voltou ao tom otimista. “Apesar disso, quando se começa o processo, significa que está feito! Já não dá para as usar [as armas]. Isso são boas notícias. E vai começar muito em breve”.

E se a Coreia do Norte não cumprir o acordo?

Donald Trump não se mostrou preocupado com o incumprimento do acordo. “Acredito mesmo que Kim fará o que prometeu”, afirmou.

“Não durmo há 24 horas, mas acho que foi apropriado o que fizemos. Não desistimos de nada. Acho que o acordo é ótimo para nós e para eles. Há uma garantia de segurança para a desnuclearização total”, resumiu o chefe da Casa Branca.

Mas o processo será fiscalizado, garantiu. “Vamos ter lá muitas pessoas e vamos trabalhar com eles noutras questões. Isto é a desnuclearização completa da Coreia do Norte e vai ser alvo de verificação. Falámos sobre isso”.

“O que posso dizer é que eles querem fazer o acordo. A minha vida é fazer negócios e acordos e sou bom nisso. Eu sinto que querem cumprir este acordo”, rematou.

A declaração conjunta assinada esta terça-feira entre Donald Trump e Kim Jong-un prevê a total desnuclearização da península coreana. Ambos falam em cimeira e acordo histórico e veem o documento final como o início de uma nova era.

Do aperto de mão à palmada nas costas. As imagens do encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un
Do aperto de mão à palmada nas costas. As imagens do encontro histórico entre Donald Trump e Kim Jong-un
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • fanã
    13 jun, 2018 aveiro 19:48
    "são muito dispendiosos", afirma este (instável), para ser bem educado.......não disse "são muito desumanos", realmente Mamon governa este inferno !......... Este e outros ditadores continuam e continuaram a ser o Perigo máximo para a "humanidade" . Mas enfim faz parte da nossa genética , podemos implorar a Deus por a Paz eternamente que o resultado , desde os tempos mais longínquos pouco mudou , só matamos mais "modernamente ", é a única diferença !

Destaques V+