15 jun, 2018 - 14:36
O drama dos migrantes e refugiados que continuam a tentar chegar à Europa teve no navio "Aquarius" o grande foco de atenção esta semana, depois de Itália se ter recusado a acolher os 629 migrantes resgatados por aquele navio, que estão agora a caminho de Valência, em Espanha.
Esse não foi, contudo, o único episódio a marcar a semana. Desde terça-feira, há um navio norte-americano às voltas no Mediterrâneo enquanto espera por autorização para que os 41 migrantes que resgatou possam desembarcar em segurança num dos portos banhados por aquele mar.
O grupo de requerentes de asilo foi resgatado há três dias ao largo da costa líbia pelo USNS Trenton, navio que pertence a uma frota da Marinha norte-americana que está instalada em Nápoles.
Durante a operação de resgate, os tripulantes do navio avistaram 12 corpos a boiar no Mediterrâneo, que foram recolhidos depois de ter sido dada prioridade "aos que precisavam de ajuda imediata", um total de 41 pessoas em risco de afogamento que seguiam a bordo de um pequeno barco de borracha.
Segundo a ONG Sea Watch, que opera um navio de resgate de migrantes e refugiados no Mediterrâneo, a embarcação norte-americana está há três dias a ver ser-lhe recusada entrada em qualquer dos portos de Itália.
Depois de ter rejeitado o acolhimento dos 629 migrantes salvos pelo "Aquarius", o novo ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, que pertence ao movimento de extrema-direita Liga, avisou nas redes sociais que não vai acolher os migrantes resgatados pela Marinha norte-americana.
A organização alemã Sea Watch diz que não pôde acolher o grupo no seu navio porque tem estado a receber luz vermelha das autoridades italianas sempre que tenta atracar num dos portos marítimos do país. Esta sexta-feira à tarde, o USNS Trenton continuava ao largo do porto siciliano de Augusta a aguardar novas ordens.
La nave militare US Trenton sosta nei pressi del porto di Augusta nell’attesa di ricevere l’autorizzazione a sbarcare i 41 sopravvissuti al naufragio del 12 giugno.
— Sea-Watch Italy (@SeaWatchItaly) June 15, 2018
Mai chiarita la responsabilità per il coordinamento.
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