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​Vício em videojogos classificado como perturbação de saúde mental

18 jun, 2018 - 20:41

Nalgumas situações mais extremas, os amantes de videojogos e jogos online passam 20 horas por dia “agarrados” à consola ou ao computador, refere um especialista da Organização Mundial de Saúde.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu o vício em jogos de vídeo e online como uma perturbação de saúde mental.

Os peritos da seção de classificação de doenças da OMS consideram como perturbação “um padrão de comportamento persistente e recorrente de jogo”, que se torna tão abrangente que “ganha prevalência sobre outros interesses da vida”.

Nalgumas das situações mais extremas, os amantes de videojogos e jogos online passam 20 horas por dia “agarrados” à consola ou ao computador, refere Shekhar Saxena, especialista da OMS em saúde mental e abuso de substâncias.

Nestes casos mais graves, os “gamers” dormem muito pouco, saltam refeições, faltam ao trabalho e a outras atividades do dia a dia.

Apenas uma pequena minoria dos jogadores desenvolve o problema, diz Shekhar Saxena, mas a deteção precoce dos sintomas pode ajudar a prevenir que a situação se agrave.

“Trata-se de um comportamento ocasional e transitório”, refere o especialista, para quem o distúrbio só deve ser confirmado se o comportamento de adição extrema em videojogos persistir durante cerca de um ano.

Numa reação a esta decisão da OMS, a Video Games Coalition, uma associação representante da indústria dos videojogos, diz que os seus produtos são desfrutados “em segurança e sensatamente” por mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo.

O valor “educativo, terapêutico e recreativo” dos jogos está bem fundamentado e é amplamente reconhecido, sublinha.

Por tudo isto, a Video Games Coalition pede à Organização Mundial de Saúde que reconsidere a sua decisão.

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