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Elefanta Ruperta morreu de fome num zoo da Venezuela

21 jun, 2018 - 16:58

A tragédia é um retrato da crise aguda que afeta diariamente milhões de venezuelanos. Aos 48 anos, acabaria por morrer horas depois, não de velha, mas de fome.

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A elefanta Ruperta, uma das estrelas do Jardim Zoológico de Caricuao, em Caracas, morreu de fome no último domingo. A tragédia é um retrato da crise aguda que afeta diariamente milhões de venezuelanos.

Ruperta não resistiu à falta de comida, de acordo com ativistas de defesa dos direitos dos animais citados pelo jornal “El Mundo”. Dos 135 quilos de comida que devia consumir diariamente, davam-lhe cerca de dez devido à falta de fundos.

A elefanta chegou de África na década de 70 e tornou-se numa estrela do Zoo de Caracas.

A sua despedida no parque de Caricuao, perante um grupo de crianças e adultos, é descrita como dramática.

Depois de não sair do seu covil durante três dias, Ruperta apareceu ao público, levantou ligeiramente a tromba e deitou-se, ficando imóvel. Aos 48 anos, acabaria por morrer horas depois, não de velha, mas de fome.

A falta de alimento não era um problema de agora. Em março do ano passado, Ruperta desmaiou pela primeira vez. O Presidente Nicolas Maduro desmentiu as acusações de que os animais do Zoo estavam a ser maltratados e disse que se estava a fazer uma “telenovela” para “desmoralizar o povo.

Em agosto do ano passado a elefanta voltou a desfalecer. Um santuário animal do Brasil ofereceu-se para acolher Ruperta, mas a entidade que gere o Zoo de Caricuao rejeitou a proposta.

Comentários
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  • Raquel Rodrigues
    22 jun, 2018 Viseu 10:45
    Que triste! Que cobardia!

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