25 jun, 2018 - 20:24
O ministro italiano da Administração Interna visitou esta segunda-feira a Líbia. Matteo Salvini defendeu a instalação fora da Europa de campos para migrantes.
“Devem ser instalados centros de receção e identificação”, declarou o também líder do partido Liga, de extrema-direita.
Num encontro com representantes do Governo de Trípoli, Salvini agradeceu à guarda costeira da Líbia pelo seu “excelente trabalho” de interceção e salvamento de pessoas migrantes.
Já de regresso a Itália, Salvini adiantou que os campos devem ser criados no sul da Líbia, Níger, Mali, Chade e Sudão. O financiamento ficaria a cargo da União Europeia.
O ministro do Interior italiano reafirmou, em conferência de imprensa, que o navio humanitário Lifeline, com 234 migrantes a bordo, não será autorizado a entrar num porto italiano.
O navio, fretado pela organização não governamental (ONG) alemã com o mesmo nome, encontra-se no mar Mediterrâneo, a cerca de 30 milhas náuticas da costa maltesa, aguardando indicações sobre o porto onde poderão desembarcar os migrantes que transporta.
“Veremos se a Europa se lembra que existe, porque ainda há uma embarcação cheia de migrantes em águas maltesas que espera para ser acolhido e nós reafirmamos que não vai ser acolhido num porto italiano”, disse Salvini aos jornalistas.