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Guerra comercial

Empresas "profundamente preocupadas" unem-se para limitar poderes de Trump

27 jun, 2018 - 12:53

Centenas de empresários e a Câmara do Comércio querem que o Presidente norte-americano seja obrigado a obter o aval do Congresso para avançar com medidas como a recente imposição de taxas aduaneiras ao aço e alumínio que é importado à UE.

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Mais de 270 grupos empresariais dos Estados Unidos da América querem limitar os poderes do Presidente no que toca a medidas com "impactos económicos sérios e negativos", como as taxas aduaneiras que Donald Trump decidiu impor sobre o aço e alumínio importado à União Europeia - que, na semana passada, levaram Bruxelas a impor tarifas sobre os quase 200 produtos importados dos EUA para o continente.

A proposta foi apresentada pelo senador Bob Corker, do Tennessee, que pertence ao Partido Republicano de Donald Trump.

Se receber luz verde, qualquer ordem do Presidente norte-americano para aumentar tarifas terá que receber também a aprovação do Congresso.

Os proponentes mostram-se “profundamente preocupados” pelo facto de o Presidente utilizar os seus poderes para, “sem restrições, impor tarifas que podem não servir os interesses nacionais”.

“Também é cada vez mais evidente que a forma como as tarifas sobre o aço e alumínio foram utilizadas vão resultar em tarifas retaliatórias por parte dos nossos maiores parceiros comerciais e aliados. Essa retaliação terá um impacto negativo sério nos Estados Unidos”, argumentam os grupos empresariais e a Câmara do Comércio.

No final de maio, os Estados Unidos anunciaram tarifas alfandegárias sobre o aço e o alumínio provenientes da União Europeia, Canadá e México.

Na resposta, a UE decidiu que todos os produtos importados dos Estados Unidos, das calças Levi’s aos baralhos de cartas, vão ficar mais caros já a partir de julho.

Perante esta decisão de Trump, soube-se nos últimos dias que a Harley-Davidson, um símbolo dos Estados Unidos, tem em marcha um plano para deslocalizar o fabrico de algumas das suas motos para fora dos Estados Unidos, em resposta às novas taxas alfandegárias impostas pela União Europeia sobre quase 200 produtos norte-americanos que os Estados-membros importam ao país.

Duas semanas depois, Donald Trump mudou o alvo e aplicou tarifas no valor de 50 mil milhões de dólares contra a China, que respondeu na mesma moeda. O líder norte-americano acusou Pequim de roubo de propriedade intelectual e, por isso, decidiu taxar mais de 800 produtos chineses.

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