30 jun, 2018 - 15:23
O Governo de Itália recusa receber o navio “Open Arms”, que resgatou cerca de 60 pessoas migrantes no Mediterrâneo.
A bordo estão quatro menores acompanhados pelos pais, cinco mulheres e 53 homens, que partiram da Líbia, num barco insuflável, rumo à Europa.
O ministro italiano do Interior, Matteo Salvini, já publicou uma mensagem nas redes sociais a avisar que não vai abrir os portos do país ao navio “Open Arms”, que pertence a uma organização não-governamental espanhola.
Salvini argumenta que Malta fica mais perto e que os migrantes deviam ter sido ajudados pela guarda costeira da Líbia, para não terem que ir para território europeu.
“Stop à máfia do tráfico de seres humanos: quanto menos pessoas partem, menos pessoas morrem”, escreve o ministro italiano, que também é líder do partido Liga, de extrema-direita.
Depois do "Aquarius" e do "Lifeline", este é mais um caso de um navio com migrantes à procura de um porto para atracar.
A posição de força da Itália voltou a colocar o problema das migrações na agenda da União Europeia.
No conselho europeu desta semana, os chefes de Estado e de Governo aprovaram um conjunto de medidas, com destaque para a criação em território comunitário centros para acolher migrantes resgatados em águas europeias.